30 outubro 2025
Vereadores Abelardo, Mario Ielo e Carlos Trigo pediram adiamento do projeto, mas base governista manteve votação e aprovou texto por 6 votos a 4.

A sessão ordinária da Câmara Municipal de Botucatu, realizada na noite desta quarta-feira (29), contou com seis projetos em pauta, todos aprovados pelos parlamentares. O destaque da reunião foi a discussão em torno do projeto do Executivo que estabelece diretrizes para a implantação da educação integral na rede municipal de ensino, tema que gerou o debate mais intenso da noite.
O vereador Mário Ielo, que havia pedido vistas do projeto na sessão anterior, utilizou a tribuna para apontar diferenças entre ensino integral e período integral, além de questionar a falta de detalhamento e de debate público sobre a proposta. Segundo ele, o texto, com apenas duas páginas, não contempla aspectos essenciais e não passou pela análise do Conselho Municipal de Educação.
Ielo também citou um pedido do Coletivo de Mães Atípicas, que protocolou requerimento pedindo o adiamento da votação para incluir novos apontamentos e ajustes. O vereador solicitou o adiamento por duas sessões, mas o pedido foi rejeitado por 6 votos a 4. Na sequência, Carlos Trigo reforçou o pedido de adiamento — também rejeitado — e um novo pedido de vistas do próprio Trigo teve o mesmo destino, barrado pela base governista.
O vereador Abelardo também se manifestou, expressando preocupação com a falta de diálogo com a comunidade escolar. Ele destacou que pais e servidores desconhecem o conteúdo do projeto e criticou a estrutura das escolas em tempo integral já existentes, onde, segundo ele, as crianças permanecem ociosas por falta de atividades adequadas. Abelardo declarou que não integra o grupo de vereadores alinhados ao prefeito, mas atua de forma independente na fiscalização do Executivo. Também pediu o adiamento por duas sessões, novamente rejeitado por 6 votos a 4.
Em defesa do adiamento, Carlos Trigo ressaltou que o prazo adicional não traria prejuízo à tramitação, mas permitiria um debate mais aprofundado com pais, professores e especialistas. Nenhum vereador da base governista fez uso da palavra para defender o texto.
O projeto acabou sendo aprovado, com votos contrários de Abelardo e Welinton Japa.
Os demais cinco projetos em pauta foram votados e aprovados sem debates mais extensos. Eram projetos de autoria do Legislativo. Dos vereadores Zé Fernandes (PSDB), Lelo Pagani (PSDB) e Thiago Padovan (PSD), tratam de denominação de logradouros em Botucatu e de nomeação de um ponto de atendimento no Alvorada da Barra, com o objetivo de facilitar a identificação e melhorar o acesso da população aos serviços públicos.
Compartilhe esta notícia











