Ato une no estado funcionários do Metrô, da CPTM, Sabesp, Fundação Casa e professores contra as privatizações da gestão estadual.
Os funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) entraram em greve no estado nesta terça-feira (28) contra a privatização da companhia. A paralisação, que também envolve os trabalhadores do Metrô e da CPTM na capital paulista, tem previsão para durar 24 horas.
Um movimento semelhante foi realizado no mês de outubro. Também se juntou a essas categorias, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Os empregados da unidade da Sabesp de Botucatu aderiram ao movimento. Dezenas de trabalhadores ficaram em frente ao complexo da Unidade de Negócios do Médio Tietê, carregando faixas e cartazes.
A adesão à greve foi anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Água, Esgoto e Meio Ambiente de SP, o Sintaema. A medida afeta todo o estado e teve início às 0h01 desta terça, 28.
A Justiça, porém, acolheu o pedido do governo estadual e determinou o contingente mínimo de 85% dos trabalhadores na ativa mesmo durante a greve, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.
A greve de funcionários da Sabesp não irá afetar o abastecimento de água e o serviço de esgoto, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do estado de São Paulo, José Faggian.
O que dizem sindicatos e governo
De acordo com os sindicalistas, foram propostas ao governo três alternativas à greve, todas negadas:
Suspender a tramitação do projeto de privatização da Sabesp;
Plebiscito para população votar sobre o tema;
Catraca livre.
A Justiça também se manifestou contrariamente à liberação de catracas devido ao alto risco de tumultos e acidentes graves nas estações.
O secretário-chefe da Casa Civil estadual, Arthur Lima, afirmou à TV Globo que o governo tentou o diálogo, mas os sindicatos foram irredutíveis. Segundo ele, liberar as catracas traria insegurança por excesso de passageiros; suspender a tramitação do processo de privatização da Sabesp está fora de cogitação; o plebiscito foi feito na urna, na eleição de Tarcísio.
Ainda segundo o secretário, o governo vai acionar sindicatos que não cumprirem a frota mínima estipulada pela Justiça e vai punir individualmente os funcionários que não comparecerem ao trabalho, depois de processo administrativo.
Ponto Facultativo em São Paulo
O Governo de São Paulo determinou ponto facultativo nos serviços públicos estaduais da capital nesta terça-feira (28). O objetivo é reduzir os prejuízos à população, garantindo a remarcação de consultas, exames e demais serviços que estavam agendados para a data da greve.
Os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato, que vão continuar a oferecer normalmente as refeições previstas para terça. As consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo. O ponto facultativo não se aplica à Secretaria de Educação em virtude da preparação do Provão Paulista Seriado e da manutenção do calendário escolar.
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