
Município vive situação dramática com aumento de queimadas e uma das estiagens mais severas dos últimos anos

A população de Botucatu vive dias difíceis sob o rigor do tempo seco. Com umidade do ar em níveis críticos e queimadas se intensificando nos arredores, moradores relatam problemas respiratórios, dificuldades para manter plantações, e risco elevado de incêndios.
As previsões meteorológicas sinalizam que o alívio pode demorar, chance de chuva mais intensa apenas a partir da segunda metade da próxima semana. Mas há esperança: há uma pequena possibilidade de chuva nesta quarta-feira (08), porém, com volumes pequenos, que não dariam alívio para a situação extrema que vimemos.
O site ClimaRadar indica probabilidades muito baixas de chuva nos períodos da manhã e tarde — entre 10% e 30% — com maior chance à noite em alguns dias.
Já de acordo com dados diários de clima, a previsão horária mostra 0 mm de chuva e umidade do ar caindo para valores muito baixos para hoje e amanhã.
Com isso, o tempo seco tem sido severo: baixos níveis de umidade agravam casos de doenças respiratórias, tornam o solo ressecado e facilitam o surgimento de focos de incêndio, especialmente em áreas rurais e bordas de matas.
Quando a chuva pode voltar pra valer?
A esperança surge a partir de cerca de 14 a 15 de outubro, quando algumas previsões já indicam possibilidade de pancadas de chuva e chuva fraca.
Por exemplo:
- O Climatempo aponta que no dia 14 haverá possibilidade de chuviscos e aumento de nebulosidade.
- Em levantamentos de 15 dias, já se projetam períodos com maior instabilidade atmosférica para os arredores dessa data.
- O ClimaRadar também mostra que na noite desse período há chance de precipitação entre 40% e 70%.
Ainda assim, trata-se de expectativa moderada — nada garante chuvas volumosas ou contínuas, pelo menos inicialmente.
Impactos e recomendações
Enquanto a chuva não retorna, os riscos para a população aumentam:
- Saúde: seca intensa prejudica mucosas, desencadeia crises de asma, rinite e outras doenças respiratórias, além de agravar problemas cardiovasculares.
- Agricultura e meio ambiente: lavouras sofrem com a falta de água; nas áreas de vegetação, o risco de incêndios forestais sobe drasticamente.
- Recursos hídricos: mananciais ficam mais recuados, e reservatórios podem entrar em colapso se a estiagem persistir.
Recomenda-se à população:
- evitar queimadas controladas ou práticas que possam gerar fagulhas, já que o risco de propagação é elevado;
- manter hidratação constante e ambientes internos mais úmidos (uso de umidificadores ou toalhas molhadas);
- atentar-se a alertas da Defesa Civil e órgãos ambientais;
- priorizar o uso consciente de água, especialmente em atividades domésticas e agrícolas.