Relatório anual da Fundação SOS Mata Atlântica divulgado nessa sexta-feira (22), Dia do Rio Tietê, revelou que a qualidade da água no trecho do rio que corta Barra Bonita se manteve regular, a exemplo do ano passado. Em 2015, ele havia sido classificado como ruim. Em Botucatu, o Tietê também foi considerado regular.
O monitoramento foi feito por voluntários no período de setembro de 2016 a agosto de 2017, em vários trechos do rio que passam por 40 cidades, em um total de 576 quilômetros, da nascente em Salesópolis até Barra Bonita. A iniciativa ocorre desde 1993, por meio do projeto Observando os Rios.
O resultado das análises mostrou que apenas três (2,2%) dos 137 pontos de coleta de água apresentam qualidade de água boa. Outros 81 pontos (59,1%) estão em situação regular e 53 (38,7%) em situação ruim ou péssima, o que significa que a água está contaminada e não pode ser usada no abastecimento público e produção de alimentos.
O estudo também aponta uma diminuição de 7 km no trecho considerado morto do rio. No ano passado, a mancha de poluição no Tietê atingia 137 quilômetros. Agora, ela tem 130 quilômetros de extensão, entre os municípios de Itaquaquecetuba e Cabreúva, o que representa 22,5% do trecho monitorado.
Para a SOS Mata Atlântica, o pequeno recuo na mancha se deve ao aumento do trecho com qualidade de água boa e regular entre Salesópolis e Itaquaquecetuba. Apesar do resultado positivo, Malu Ribeiro, especialista em Água da entidade, lembra que, em 2014, antes da crise hídrica paulista, o trecho morto do rio estava restrito a 71 quilômetros, entre Guarulhos e Pirapora do Bom Jesus.
CAUSAS
O relatório diz que o despejo de esgoto doméstico sem tratamento ou com baixa eficiência de tratamento ainda é a principal causa da poluição dos rios monitorados. Na sequência, estão fontes difusas de contaminação, que incluem resíduos sólidos, uso de defensivos e insumos agrícolas, desmatamento e uso desordenado do solo.
Fonte: Jcnet
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