Proposta do vereador Curumim foi aprovada em sessão extraordinária da Câmara no último dia 13 de dezembro
Na sessão extraordinária da Câmara Municipal de Botucatu, o vereador Curumim apresentou o Projeto de Lei 159, uma proposta que promete enaltecer a história e a cultura do Distrito de Rubião Júnior, uma das localidades mais conhecidas da cidade, especialmente por abrigar a renomada Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB – UNESP).
O projeto, que foi aprovado por unanimidade, visa instituir o dia 18 de fevereiro como o aniversário oficial do distrito, que agora poderá ser celebrado anualmente no calendário oficial do município. “Esse projeto é uma forma de reconhecer a importância histórica e cultural de Rubião Júnior, que, ao longo dos anos, contribuiu significativamente para o desenvolvimento de Botucatu”, afirmou o vereador durante a apresentação.
Na justificativa do Projeto de Lei, Curumim trouxe um breve histórico do distrito, destacando suas origens e evolução ao longo do tempo. O vereador enfatizou que Rubião Júnior não é apenas um ponto geográfico, mas um espaço que tem suas raízes fincadas na cultura e na educação, principalmente com a presença da FMB – UNESP, que se tornou um dos pilares de formação de profissionais na área da saúde no Brasil.
A proposta foi bem recebida entre os demais vereadores, que reconhecem a relevância de valorizar os diferentes distritos de Botucatu. Com a aprovação do projeto, a expectativa é que a comunidade local participe ativamente das celebrações e que o evento se torne uma oportunidade de fortalecer os laços entre os moradores, além de promover a história e as tradições do distrito.
Além das festividades do aniversário de Rubião Júnior, a iniciativa também visa estimular o turismo local e a conscientização sobre a importância da preservação da cultura regional.
A votação do Projeto de Lei 159 ocorreu no último dia 13 de dezembro. Com a instituição do dia 18 de fevereiro na calendarização oficial do município, Rubião Júnior poderá brilhar como merece, celebrando suas conquistas e sua rica herança cultural, garantindo um lugar de destaque na história de Botucatu.
Origem
O povoado que deu origem ao distrito se desenvolveu ao redor da estação ferroviária Capão Bonito, inaugurada pela Companhia União Sorocabana e Ituana em 05/03/1897. Em janeiro de 1917 a denominação original Capão Bonito, nome de uma fazenda próxima, foi alterada para a atual por determinação de Tavares de Lima, então Ministro da Viação, em homenagem a João Álvares Rubião Júnior.
Desenvolvimento
Em 1948 inicia-se a construção de um prédio em Rubião Júnior que seria um sanatório para o tratamento de tuberculose. Com a criação da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (FCMBB) em 1963, o prédio foi progressivamente adaptado para atender às necessidades básicas da Faculdade.
A necessidade de um espaço para o treinamento clínico dos alunos da medicina foi identificada, e assim, atividades de ensino e pesquisa passaram a ser desenvolvidas no local. Em 1967 é instalado o Hospital das Clínicas de Botucatu.
A partir de 1976 as faculdades da FCMBB foram integradas a UNESP, dando origem a Faculdade de Medicina de Botucatu, da qual passou a fazer parte também o Hospital das Clínicas, o que trouxe grande impulso ao desenvolvimento do distrito.
Formação administrativa
O Distrito foi criado pela Lei n° 5.285 de 18/02/1959, com sede no povoado de Rubião Júnior e com território desmembrado do distrito da sede do município de Botucatu. A área territorial do distrito é de 446,360 km².
Pedido de emancipação
Os moradores do Distrito tentaram a emancipação político-administrativa, para que Rubião Júnior foisse elevado à município, através de processo que deu entrada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo no ano de 1999, mas o processo encontra-se com a tramitação suspensa.
Topografia
O ponto mais alto da região é o morro de Rubião Júnior, onde fica um dos pontos turísticos mais visitados de Botucatu. Localizado a 920 metros de altitude, do mirante do morro é possível ver a cidade de Botucatu inteira, numa perspectiva totalmente diferente. O morro de Rubião Junior ficou conhecido pela sua proximidade com a estrada de ferro, com a estação ferroviária situada entre o ponto turístico e o Campus da UNESP.
Além do mirante, o local possui uma série de formações rochosas e a tradicional Igreja de Santo Antônio, cujo desenho arquitetônico lembra um prédio medieval.
A igreja foi construída na década de 20, sendo preciso dinamitar o morro onde está a igreja, para tornar o seu topo plano, e o carregamento de materiais foi no lombo de burros e em carroças. A construção durou oito anos, sendo inaugurada em 1932.
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