Entre as ações avaliadas estão o alargamento do leito e limpeza da calha, além da construção de muros de gabião para a condução do fluxo de água.
As fortes chuvas que atingiram Botucatu na noite de terça-feira (05) danificaram duas pontes das três existentes na região da rodoviária. Esse é o ponto mais antigo do município quando o assunto é alagamento ou enchente.
As equipes da Prefeitura trabalharam durante toda a quarta-feira (06) para realizar a limpeza, além da finalização e adequação no trânsito. Apesar dos esforços, o local precisa de medidas mais urgentes para que os problemas sejam, no mínimo, amenizados.
Segundo divulgou a Prefeitura, as equipes das Secretarias de Infraestrutura e Habitação e Urbanismo estiveram na região. Os profissionais dessas pastas estudam um projeto que possa melhorar a drenagem e evitar futuras enchentes no local.
Segundo o projeto, que ainda está em fase de estudos, as pontes danificadas não serão reconstruídas, mas sim, serão realizadas obras no leito do rio.
De acordo com a Prefeitura, poderão ser executadas ações semelhantes as que estão sendo feitas no Rio Lavapés, onde houve o alargamento do leito e limpeza da calha, além da construção de muros de gabião para a condução do fluxo de água.
Não foram divulgados mais detalhes desse projeto. A ideia inicial, segundo o Prefeito Mário Pardini afirmou ao Acontece Botucatu um dia antes da queda das pontes, era primeiro terminar a calha do rio Lavapés, para na sequência as equipes agirem na região da rodoviária. A urgência nesse caso pode modificar o cronograma.
Transtornos recorrentes
A cada chuva torrencial os transtornos aumentam. Além das enchentes nas vias, diversas casas e o Clube AAF sofrem com a força das águas do córrego Água Fria e a confluência de rios na frente da Rodoviária.
Em fevereiro de 2020, por exemplo, o clube ficou destruído após as fortes chuvas que devastaram a cidade. Moradores do entorno registram ao longo dos anos prejuízos incalculáveis, além do abalo psicológico de morar em um local que pode ser atingido por enchentes a cada chuva.
A limpeza da ponte e do entorno começou ainda na quarta-feira (06). As obras de melhoria devem começar assim que o projeto técnico for finalizado, segundo a Prefeitura.
Trânsito no local
A SEMUTRAN informa que o fluxo de veículos não foi interrompido no local, apenas sofreu alterações. Das três pistas existentes, duas que seguiam sentido Avenida Vital Brasil – Centro, e uma sentido inverso, apenas uma foi desativada e outra sofreu inversão no sentido de direção.
Os motoristas que seguem sentido Avenida Vital Brasil – Centro deverão passar obrigatoriamente pela rua em frente a Rodoviária para seguir o fluxo, e no sentido oposto os motoristas devem utilizar a rua paralela ao rio, que teve inversão na mão de direção. A mesma orientação vale para os ônibus do transporte intermunicipal e coletivo de Botucatu que utilizam a Rodoviária como terminal de embarque e desembarque.
A SEMUTRAN sinalizou o local com pintura de solo e placas de orientação. Os motoristas devem respeitar a velocidade da via e se atentar a travessia de pedestres. Aos passageiros que utilizam o terminal rodoviário, o embarque continua ocorrendo normalmente nas plataformas.
Evite o local
A região onde está a Rodoviária de Botucatu é área de várzea da bacia do Córrego Água Fria, por isso recebe elevado nível de águas pluviais em dias de fortes chuvas.
A área já foi sinalizada pela Defesa Civil com placas e pela SEMUTRAN com proibição de estacionamento e o nível dos rios são monitoradas 24 horas por dia pela Defesa Civil do Município. Quando há fortes chuvas e possibilidade de alagamento, equipes da Defesa Civil e Prefeitura se mobilizam para fechar a passagem de veículos e evitar acidentes e danos.
A população deve evitar transitar pelo local em dias de fortes chuvas e jamais tentar atravessar a via caso esteja encoberta pela água.
Em caso de emergência, a população pode acionar a Defesa Civil pelo telefone 153.