A Prefeitura de Botucatu recebeu o certificado do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. A cerimônia foi realizada no Auditório Cyro Pires (Paço Municipal) e contou com a presença do prefeito de Botucatu João Cury Neto; diretor regional da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), Claudio Vivan; superintendente de governo do Banco do Brasil, Alexandre Sampaio de Almeida; e presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, Rosa Maria Paulini; entre outros.
Essa é a primeira vez que o Poder Público Municipal é reconhecido pelo Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. O projeto que permitiu a certificação de Botucatu foi o Programa Municipal de Acessibilidade Rural, vencedor do Prêmio Mario Covas de Gestão Pública em 2012. A iniciativa incorpora uma série de recursos para melhorar o acesso da população rural aos serviços públicos oferecidos no Município.
Com o uso de tecnologia de ponta, com avançados recursos de informática e geoprocessamento, guardas municipais, funcionários das Secretarias de Planejamento e Agricultura da Prefeitura de Botucatu e também do CATI, desenvolvem o projeto desde o final de 2011. Em abril de deste ano foram entregues as primeiras 270 placas padronizadas de identificação das propriedades rurais na Baixada Serra, além de cartilhas explicativas sobre o projeto.
Com a placa instalada, basta a pessoa informar o código da propriedade dela já cadastrado em um banco de dados compartilhado inicialmente com a Central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Guarda Civil Municipal, através dos respectivos telefones de emergência [199 e 192]. Assim, o motorista da viatura pode consultar a melhor rota pelo GPS e chegar até o local com mais agilidade.
Agora estamos planejando fazer a entrega de mais de 600 placas, para o início de 2014, a proprietários rurais da região do Pátio 8, Colônia Santa Marina, Demétria, Alto do Rio Capivara, Mina, Rio Bonito e Alvorada da Barra, informa Ricardo Chiarelli engenheiro agrônomo da Cati, Ricardo Henrique Casini Chiarelli, coordenador do projeto.
Reconhecemos que este projeto realizado em Botucatu beneficia na prática a população e pode sim servir de exemplo a outros municípios do País pois ele estará a disposição no site da Fundação Banco do Brasil, comenta Alexandre de Almeida, do Banco do Brasil.
Botucatu é a décima maior cidade do Estado de São Paulo em extensão territorial, com mais de 1.500 quilômetros de estradas rurais. Tínhamos que executar alguma ação que pudesse beneficiar na ponta essa população do campo, com serviços públicos de qualidade. É o que acontece com este projeto, que foi muito bem articulado entre a Cati e diversos setores da Prefeitura. Ele já reconhecido com o Prêmio Mário Covas e agora também pelo Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, o que nos enche ainda mais de orgulho, afirma João Cury, que recebeu o certificado ao lado de Ricardo Chiarelli, e de outros três executores técnicos cedidos pela Prefeitura de Botucatu ao projeto: Eliel Antonio Nunes e os guardas civis municipais da Patrulha Ambiental, Carlos Eduardo Rodrigues de Paula e José Amâncio da Silva Jr.
{n}O Prêmio{/n}
Realizado a cada dois anos, o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2013 valoriza e ajuda a difundir tecnologias sociais já aplicadas, implementadas em âmbito local, regional ou nacional, que sejam efetivas na solução de questões relativas ? alimentação, educação, energia, habitação, meio ambiente, recursos hídricos, renda e saúde.
Podem participar instituições legalmente constituídas no País, de direito público ou privado, sem finalidades lucrativas. Os projetos vencedores receberão R$ 80 mil, cada. A novidade desta edição é a premiação também para o segundo e terceiro colocados, em cada categoria, que vão receber R$ 50 mil e R$ 30 mil, respectivamente, para investimento na tecnologia. No total serão destinados R$ 800 mil para aperfeiçoamento ou reaplicação das tecnologias sociais premiadas. As tecnologias finalistas receberão, ainda, um ultrabook, além de troféu.
Criado em 2001, o prêmio é o principal instrumento de identificação e certificação de tecnologias sociais da Fundação Banco do Brasil. Ele é realizado em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás), a KPMG Auditores Independentes, além da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Em seis edições, a Fundação BB já investiu R$ 2,4 milhões em premiações.
{n}Etapas do Prêmio{/n}
Certificação – Todas as inscrições passam por esta etapa. As inscrições certificadas como Tecnologia Social são inseridas no Banco de Tecnologias Sociais, recebem um Certificado de Tecnologia Social e passam, automaticamente, a concorrer ? etapa de seleção das finalistas do Prêmio.
Seleção das finalistas – As tecnologias sociais certificadas na etapa anterior serão pontuadas segundo os critérios de efetividade, nível de sistematização da tecnologia e resultados qualitativos e quantitativos. Serão declaradas finalistas as três tecnologias, por categoria, que obtiverem as médias mais elevadas.
Julgamento das vencedoras – As tecnologias sociais finalistas serão pontuadas segundo os critérios de inovação, nível de envolvimento da comunidade, transformação social e potencial de reaplicabilidade. A tecnologia com maior pontuação média, em cada categoria, será declarada vencedora.
{n}Tecnologia Social{/n}
Tecnologia Social compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social.
É um conceito que remete para uma proposta inovadora de desenvolvimento, considerando a participação coletiva no processo de organização, desenvolvimento e implementação. Está baseado na disseminação de soluções para problemas voltados a demandas de alimentação, educação, energia, habitação, renda, recursos hídricos, saúde, meio ambiente, dentre outras.
As Tecnologias Sociais podem aliar saber popular, organização social e conhecimento técnico-científico. Importa essencialmente que sejam efetivas e reaplicáveis, propiciando desenvolvimento social em escala.
São exemplos de Tecnologia Social: o clássico soro caseiro (mistura de água, açúcar e sal que combate a desidratação e reduz a mortalidade infantil); as cisternas de placas pré-moldadas que atenuam os problemas de acesso a água de boa qualidade ? população do semiárido, entre outros.
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