Poder Judiciário entra em estado de greve

Cidade
Poder Judiciário entra em estado de greve 16 abril 2010

Em uma reunião realizada na Praça João Mendes, em São Paulo, que contou com aproximadamente três mil funcionários de todo Estado, os funcionários do Poder Judiciário decretaram estado de greve e fez o encaminhamento do movimento ao Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo. A greve geral está marcada para ser iniciada no próximo dia 28 de abril.

Dezenas de trabalhadores do Fórum de Botucatu fizeram coro ao movimento grevista viajando até São Paulo para participar da decisão da categoria. Os funcionários pleiteiam uma reposição salarial de 20,86% referente ? s perdas salariais dos últimos dois anos.

De acordo com o presidente da Família Forense de Botucatu, Carlos Eduardo Deléo, o Cacá (foto), diretor do cartório da 3ª Vara da Comarca, os funcionários não estão pedindo aumento. “Estamos pleiteando somente nossas perdas salariais de dois anos consecutivos sem aumento e nossas perdas ultrapassam aos 20%. Por isso os funcionários forenses do Estado optaram por entrar em greve”, disse Deléo.

Ele enfatiza que os funcionários deram um tempo para que o Tribunal de Justiça possa se preparar para a paralisação. “Estamos em estado de greve e teremos duas semanas pela frente até que a greve seja deflagrada por tempo indeterminado. Até lá estaremos passando as notícias do movimento ? nossa família forense”, colocou Deléo.

Sobre a adesão, ele prevê que a paralisação em Botucatu não deverá alcançar a totalidade, ou seja, 100%. “Em movimentos semelhantes anteriores, a paralisação teve adesão de algo em torno de 60% dos funcionários. Este ano esperamos que a adesão seja maior, pois a reivindicação é justa”, concluiu o Presidente da Família Forense de Botucatu.

Mesmo que o TJ de São Paulo faça uma proposta salarial, outra assembléia só irá acontecer no dia 28, em que a greve está marcada para ser decretada em todo Estado. “Se houver uma proposta iremos estudar, mas tudo será resolvido nessa assembléia do dia 28 e eu acredito que teremos mesmo a paralisação geral”, concluiu Cacá Deléo.

Foto: Fernando Ribeiro

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