Entre R$ 2,50 a 2,90, muito provavelmente, R$ 2,65. Será nesse patamar o reajuste da tarifa do transporte coletivo urbano, que hoje está em R$ 2,35. Na planilha de custos entregue ? s duas empresas concessionárias Sant´Anna e Stadtbus, o reajuste pleiteado ficou acima de R$ 3,00, considerada muita alto pela maioria dos membros do Conselho Municipal de Transporte Coletivo (CMTC), que tem representantes das empresas, usuários e Prefeitura Municipal. A definição deverá ser conhecida na noite desta terça-feira (20), a partir das 18 horas, em uma reunião a ser realizada na sede do CMTC.
O prefeito João Cury Neto seguiu a mesma linha adotada durante a semana pelo engenheiro Vicente Ferraudo, responsável pela pasta da Secretaria Municipal de Trânsito e Mobilidade Urbana (Semutran), que é buscar um entendimento entre as partes envolvidas para que o caso seja resolvido o mais rapidamente possível.
Estamos em fase de negociação e as empresas têm o direito de pleitear uma tarifa que atenda seus interesses. Da mesma forma o Conselho Municipal pondera, avalia o pedido e faz a contra-oferta. É uma negociação onde se busca o consenso, o equilíbrio. No fim cada parte cede um pouco até que o acordo seja selado. Não queremos que as empresas sejam prejudicadas, mas buscaremos um acordo que contemple os interesses dos usuários, que em sua maioria é a parcela menos favorecida da população, colocou João Cury.
O prefeito lembra que para se chegar a um denominador comum são observados na mesa de negociação vários fatores, que são, minuciosamente, avaliados. Destaca que afirmar que não haverá aumento na tarifa é utópico, pois as empresas estão sem aumento desde julho do ano passado e nesse período a inflação não se manteve estabilizada; houve aumento no preço do combustível e nas peças de manutenção e reposição; renovação da frota, assim como aumento da quilometragem percorrida, gratuidade e reajuste nos salários dos trabalhadores das empresas que foi de 15% somando 2001 e 2012, entre outros fatores.
O ideal seria que não tivéssemos aumento nenhum, mas sabemos que isso não é possível. Então, é necessário que se encontre uma alternativa de reajuste para que as empresas tenham condições de continuar prestando um bom serviço ? população sem prejudicar os usuários. Estamos otimistas sobre a consolidação de um acordo, prevalecendo o consenso de ambas as partes, previu Cury.
O engenheiro da Semutran, Vicente Ferraudo, lembra que duas reuniões já foram realizadas para discutir o reajuste e na terça-feira o acordo deverá acontecer. Por força de Lei Municipal, as empresas teriam direito a um reajuste da tarifa a partir do dia 11 de novembro, mas isso não aconteceu. Elas (empresas) têm sim o direito de pleitear o que acham justo, mas nós temos que avaliar todas as questões envolvendo o reajuste para chegarmos a um equilíbrio que seja interessante tanto para as empresas como para os usuários, colocou Ferraudo.
Reconhece que as empresas não podem fazer milagres e devem ter o reajuste dentro de um percentual razoável. Por isso, nossa responsabilidade para negociar é muito grande, pois o objetivo é atender as duas partes envolvidas. Então, temos que buscar o consenso, frisou Ferraudo. Tudo que se falar a respeito desse aumento agora é especulativo, pois o Conselho não definiu valores. Isso só vai acontecer na reunião da próxima terça-feira. Espero que o acordo seja consolidado, frisou Ferraudo.
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