10 junho 2025
Mesmo após alerta sobre degradação ambiental, Prefeitura e Sabesp não realizaram nenhuma ação no local; especialistas veem potencial para educação ambiental
A nascente do Córrego Tanquinho, localizada praticamente no centro de Botucatu, segue em total abandono. Imagens registradas nesta semana pelo repórter Lucas Machado, da rádio Criativa FM, mostram que nada mudou desde janeiro deste ano, quando o Acontece Botucatu denunciou o acúmulo de lixo, entulho, garrafas plásticas e até roupas no leito do córrego.
Passados mais de quatro meses, nenhuma ação efetiva foi realizada pela Prefeitura ou pela Sabesp. O local, que deveria ser um exemplo de preservação ambiental, segue como retrato do descaso com o meio ambiente urbano.
A nascente do Tanquinho é considerada um patrimônio natural, com águas cristalinas e vegetação típica da região. Ambientalistas apontam que, além da importância ecológica, o espaço tem grande potencial como área de educação ambiental, justamente por estar em região central e de fácil acesso.
“É uma oportunidade de ouro para criar um espaço educativo e de conscientização. Mas sem cuidado, tudo isso se perde. É como virar as costas para um tesouro ambiental que temos dentro da cidade”, afirma um especialista ouvido pela reportagem.
A reportagem do Acontece Botucatu entrou em contato com a Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, para saber se há alguma previsão de intervenção no local. A reposta foi: “Na área mencionada será realizada uma ação de limpeza, com colocação de placas de orientação. Tal ação será realizada dentro da programação do Junho Verde”.
Já a Sabesp informou que o córrego Tanquinho, em Botucatu, foi despoluído pela empresa ainda na década de 1990, em um trabalho pioneiro que contribuiu de forma significativa para a melhoria da qualidade ambiental da região central da cidade. Desde então, a Companhia segue atuando com responsabilidade em relação ao sistema de esgotamento sanitário do município. Em vistoria, as equipes constataram que o sistema opera normalmente.
Outros fatores também impactam o córrego, especialmente quando chove depois de um longo período de tempo seco. Nessas ocasiões, o lixo que ficou acumulado nas ruas acaba sendo arrastado pela enxurrada e vai parar diretamente nos córregos.
“A Companhia reforça que está à disposição para colaborar com o poder público, a sociedade civil e demais instituições em iniciativas voltadas à preservação e recuperação de corpos hídricos urbanos, reafirmando seu compromisso com a sustentabilidade e o meio ambiente”, finalizou a nota enviada pela assessoria de comunicação da Sabesp.
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