Movimento Social de Luta é obrigado a deixar área invadida em Rubião Júnior

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Movimento Social de Luta é obrigado a deixar área invadida em Rubião Júnior 09 março 2016

Na tarde desta quarta-feira, 09, a Polícia Militar cumpriu mandado de reintegração de posse impetrado pela ALL (América Latina Logística), e expedido pela Justiça Federal após invasão de terra no distrito de Rubião Júnior. A área ocupara pelo MSL (Movimento Social da Luta), desde sábado, 05, fica margeando os trilhos, próxima à antiga Ceagesp.

Um oficial de justiça foi até o acampamento para entregar o documento ao líder do MSL, Udenil Goncalves, mais conhecido como Denis. A ação foi acompanhada pela Polícia Militar, que deslocou muitas viaturas ao local. Havia um clima de tensão no ar.

Ao Acontece Botucatu (veja o vídeo no fim da página) o Capitão Cagliari, comandante da 1ª Cia da Polícia Militar, relatou que a conversa foi pacífica, sem a necessidade do uso de força. “Tivemos uma conversa com a liderança do movimento, onde deixamos claro que estávamos cumprindo uma determinação da justiça. Foi dado um prazo que se encerra na manhã desta quinta, dia 10, para que os assentados tenham tempo de desmontar o acampamento. Não houve nenhum confronto”, explicou Cagliari.

Após o recebimento do documento da Justiça Federal, a liderança do movimento se reuniu com as pessoas assentadas, onde foi relatado que o acampamento sairia dali. Odenil Gonçalves disse que a ordem será acatada, mas que o MSL não sairá de Botucatu. “Até sábado não tinha ninguém aqui, ninguém reclamou dessa área. Mas a sociedade reacionária de Botucatu é contra os trabalhadores, é contra os pobres. Me chamou atenção também que nenhuma assistente social veio até aqui conversar. Vamos sair daqui desse acampamento, mas não vamos sair de Botucatu, colocou ao Acontece Botucatu o líder do movimento.

Segundo a coordenação do MSL, o assentamento em Rubião Júnior possui 150 famílias cadastradas. Muitas delas estavam revoltadas após o comunicado. “A justiça pediu a área de volta após a visita dos vereadores. Os políticos são contra os trabalhadores”, disse um assentado que não quis se identificar.

Circulava também entre os assentados o descontentamento sobre uma taxa paga para instalação no local. “Tive que pagar R$ 40 para mim e minha esposa. Era o único dinheiro que eu tinha, e agora vou ter que ir embora”, desabafou um homem que se identificou apenas como Sebastião.

O prazo para que o MSL saia do local se encerra às 10 da manhã desta quinta-feira. A polícia Militar vai acompanhar o deslocamento. O Acontece Botucatu acompanha o caso desde a ocupação na manhã do último sábado.

 

 

Veja a entrevistas:

 

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