Contando com apoio da Prefeitura Municipal, uma manada de rinocerontes invadirá Botucatu nesta semana. Mas não será o animal de verdade, mas sim dezenas de rinocerontes feitos de fibra de vidro. O projeto intitulado Rino Mania foi idealizado por uma empresa da Cidade, que por conta da comemoração de seus 60 anos, distribuiu em Botucatu miniaturas de rinocerontes para as 18 escolas municipais de ensino fundamental (Emef), além das duas de educação especial, Nair Amaral e Cieeja (Centro de Educação de Especial para Jovens e Adultos).
Além dos estudantes, a atividade mobilizou também artistas de Botucatu e as esculturas decoradas por eles fazem parte da exposição itinerante, que percorrerá 11 municípios. Os rinos ficarão expostos a partir desta terça-feira (1º de novembro) até sábado (5) em frente ao Paço Municipal. A abertura da exposição nesta terça acontece ? s 15 horas, na Praça Pedro Torres.
Também nesta semana algumas das esculturas estarão expostas no Poupatempo (Avenida Marechal Floriano Peixoto, 461 Centro) e Terminal Rodoviário (Rua Tiradentes, Vila Carolina). Após este período, os rinocerontes retornarão ? s suas devidas escolas. O objetivo é conscientizar alunos e professores sobre a educação ambiental, estimular a imaginação das crianças e o interesse pela aprendizagem da arte, e disseminar a identidade cultural da região.
A “Rino Mania” estimulou a arte e educação ambiental em 125 escolas públicas de 11 cidades brasileiras. No Estado de São Paulo, além de Botucatu, a mostra itinerante passa pelas cidades de Agudos, Itapetininga, Lençóis Paulista, e Jundiaí. No Rio Grande do Sul, a mostra ocorrerá nas cidades de Taquari e São Leopoldo e no Estado de Minas Gerais os rinocerontes ficarão expostos em Uberaba e Estrela do Sul. A exposição também passará pelas cidades de Cabo de Santo Agostinho (PE) e João Pessoa (PB).
Outra exposição, com 60 rinocerontes, alegrou as ruas de São Paulo em outubro passado. A estimativa dos organizadores é que, por onde o projeto passou, quatro mil alunos do Ensino Fundamental tenham participado do processo de pintura das esculturas de rinocerontes “filhotes”.
A empresa responsável pelo projeto leiloará as esculturas e os recursos captados serão destinados a entidades sociais. A exposição foi inspirada na Rhino Mania, realizada na cidade de Chester, na Inglaterra, com realização da Wild in Art, empresa que trabalha em prol da disseminação da arte e da sua implementação em ambientes educacionais.
{n}Educação ambiental{/n}
Segundo Juliana Vizenzzotto, orientadora pedagógica do Ensino Fundamental da Secretaria de Educação de Botucatu, em cada escola foi escolhida uma classe para realizar a pintura, no entanto todos os alunos da unidade são mobilizados para trabalhar a educação ambiental com foco em animais ameaçados em extinção. O legal do projeto é que explora a educação ambiental e a artística, que é o que as crianças mais gostam, diz.
Na Emef Angelino de Oliveira, os 27 alunos do quarto ano A, da professora Celma Maria Pilan, colocaram o nome de Rinolino no pequeno rinoceronte. A ideia veio na minha cabeça e expus para as crianças de fazermos o nosso rinoceronte camuflado para ele se livrar sozinho do homem na floresta, explica a professora. Em cima do rinoceronte vamos fazer uma colagem de um mico-leão-dourado, representando o animal em extinção no Brasil, continuou. Além disso, o Rinolino terá uma placa pendurada no pescoço com a frase A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados.
Já na Emefei Luiz Carlos Aranha Pacheco, os 25 alunos do quarto ano B, da professora Cláudia Regina Santiloni, escolheram o nome Rino Brasil, em homenagem aos animais em extinção no País. A ideia veio por votação e os alunos usaram técnicas de pintura com pincel, esponja, além de usarem os dedos e as mãos para enfeitar o rino, conta Luciana do Rosário Batista, coordenadora pedagógica. Além do quarto ano, toda a escola participou, visitando, dando ideia, e trabalhando a questão ambiental, complementou.
No Centro de Integração de Educação Especial de Jovens e Adultos os 52 alunos de 18 a 70 anos, com as mais variadas patologias, desenvolveram um trabalho sobre as diferenças que existem dentro da unidade e a indiferença com que são vistos na sociedade por serem deficientes. O nosso rino se chama Rino diversidades, e é montado com peças de quebra-cabeça justamente para trabalhar a questão da diversidade e inclusão social, argumentou Patrícia Kruppa Villani Ghellard, diretora da entidade.
Compartilhe esta notícia