Veja a reportagem da TV Acontece:
Na tarde de sábado, 14, o Corpo de Bombeiros de Botucatu foi acionado para conter um fogo em mato ? s margens da rodovia Marechal Rondon, em uma área entre a base da Polícia Rodoviária e o Distrito Industrial 3, onde estão instaladas diversas industrias. Por conta do vento forte, o fogo se espalhou rapidamente, dificultando o trabalho dos bombeiros. No começo da noite as chamas chegaram ao distrito e muito próximas de duas empresas, a GB Fibras, com estoque de produtos altamente inflamáveis, e a LTM, que também tem materiais que poderiam incendiar rapidamente.
Além de 3 caminhões dos bombeiros, um caminhão tanque da prefeitura de Botucatu, com 16 mil litros de água, também prestou apoio para combater o incêndio, mas mesmo assim, ainda foi difícil conter as chamas, já que o fogo atingiu uma grande área de pastagem, com mato seco e alto. O vento, que continuou forte, propagava rapidamente as labaredas que passavam de 4 metros de altura.
Outro caminhão, desta vez da Usina São Manoel, chegou para prestar apoio. As brigadas de incêndio das duas industrias também foram acionadas e entraram em ação rapidamente. Só depois de mais de 5 horas de trabalho intenso é que o fogo foi controlado. A fumaça muito densa atrapalhou o trabalho.
Há suspeitas de que o incêndio tenha sido proposital, ? s margens da rodovia Marechal Rondon, porém, o que poderia ser algo inofensivo, tomou grandes proporções e colocou em risco duas grandes empresas de Botucatu e a vida dos trabalhadores e bombeiros que trabalharam dentro da fumaça tóxica para evitar um mal maior.
“Neste ano estamos tendo muitas ocorrências de fogo em mato, mas esta é uma das piores. Nós ficamos mais de 5 horas para acabar com as chamas e o que agravou a situação foi o fogo ter atingido os moldes de fibra da empresa. Mas felizmente conseguimos evitar com que as chamas atingissem o galpão da indústria”, disse ao Acontece Botucatu, o Subtenente Ferrari, do Corpo de Bombeiros.
Odirlei Fusco Rosa, que é gerente do Distrito Industrial, esteve no local e também falou ao acontece. “Vamos tomar algumas medidas para os finais de semana, quando boa parte das empresas está fechada. Além disso, vamos fazer um cinturão em volta do distrito sem vegetação e cobrar para que o mato seja cortado. Isso vai ajudar a minimizar incidentes como o deste final de semana”.
O gerente da GB Fibras, Luís Carlos Silva, que trabalhou intensamente no combate ao fogo, faz um apelo ? s pessoas que costumam colocar fogo em mato. “Tem que tomar muito cuidado, no sentido de ficar jogando bituca de cigarro, ou ? s vezes passa e colocar fogo sem pensar nas consequências, essas pessoas não sabem o risco que colocaram todas as empresas do distrito industrial. Nós, que trabalhamos para conseguir apagar o fogo também corremos risco de vida, então, não é brincadeira”, desabafou.