Na manhã desta segunda-feira, o Sindicato dos Servidores Municipais iniciaram um movimento de greve em razão de não haver um acordo na questão do reajuste dos salários. A prefeitura encaminhou um projeto de Lei ? Câmara Municipal determinando o reajuste em 6%. Porém, além dos 6%, os servidores pleiteiam um reajuste também no vale compras que, atualmente, é de R$ 300,00. O movimento aconteceu em frente ao prédio da Prefeitura, na Avenida Santana.
Como não houve acordo a greve foi decretada. Agora, estamos aguardando para ver se o movimento será considerado legal, já que greve está sendo julgada pelo Tribunal Regional do Trabalho em Campinas, para darmos continuidade ao movimento que ganhou a adesão de 30% dos servidores, mas este número deverá aumentar nas próximas horas, previu José Manoel Leme, presidente do Sindicato dos Servidores, que não descarta a possibilidade de um acordo.
Estamos abertos para discutir e chegarmos a um acordo salarial. O que nós queremos é que haja uma melhora na proposta referente ao vale compras, os 6% que foi dado pelo prefeito e aprovado pelos vereadores nós já aceitamos. O impasse está no vale compra. Agora estamos aguardando a resposta do Tribunal que está julgando a legalidade do movimento, coloca Leme.
E ele conclui: Por não termos esse parecer do Tribunal em mãos é que muita gente está evitando aderir ao movimento. Se a greve for considerada legal esse movimento irá crescer. Se caso o julgamento não for favorável ao movimento, ou seja, se a greve for considerada ilegal, nosso direcionamento vai ser em convocar os servidores parados para retornar ao trabalho, frisou Mané.
O prefeito João Cury Neto mostrou-se tranquilo quanto ao movimento, já que a greve não ocasionou interrupção em nenhum setor da Prefeitura. Ele adianta que todos os departamentos estão trabalhando normalmente, mesmo que em alguns deles parte dos funcionários tivesse aderido ao movimento.
Entendemos que a greve é um direito constitucional do trabalhador. No nosso ponto de vista é legítima a manifestação popular, desde que ela respeite a Constituição, observou Cury.
Ele garante que não vai haver qualquer tipo de represália ou qualquer tipo de perseguição com relação aos servidores que entraram na greve. Vamos aguardar o posicionamento do Tribunal que irá julgar a legalidade da greve e as consequências do ato grevista. Se a greve for considerada ilegal, essas horas não trabalhadas serão descontadas dos funcionários, por uma questão de Justiça com os que trabalharam, colocou João Cury.
Se por outro lado a greve for considerada legal ele ressalta que não terá problema nenhum em rever as condições do reajuste dentro daquilo que é possível. Fizemos quatro rodadas de negociações e eu participei de três delas, mas, infelizmente, não chegamos a um acordo. Não posso comprometer setores essenciais da Prefeitura nem ser inconsequente em comprometer esses investimentos. Mas, vamos aguardar a decisão do Tribunal que está julgando se essa greve é legal ou não, explicou o prefeito, que não acredita que o movimento atingiu 30% dos servidores.
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