23 dezembro 2025
Animal foi atendido pelo CEMPAS da Unesp Botucatu, passou por cirurgia e segue agora para cuidados permanentes.

Uma filhote de onça-parda passou por um delicado processo de atendimento veterinário, reabilitação e procedimento cirúrgico em Botucatu antes de ser encaminhada para acolhimento permanente em um zoológico no interior paulista. O caso reforça o papel do município como referência regional no atendimento à fauna silvestre e evidencia a importância da estrutura técnica e científica existente na cidade, especialmente por meio da Unesp, no atendimento, recuperação e destinação adequada de animais silvestres vítimas de acidentes.
A onça, uma fêmea com cerca de cinco meses de idade, foi atendida pelo Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens (CEMPAS) da Unesp Botucatu após sofrer um grave acidente envolvendo uma máquina colheitadeira, que resultou em ferimentos severos em um dos membros.
Ao chegar ao CEMPAS, o animal apresentava estado clínico crítico. Após avaliação da equipe veterinária, foi constatado que a amputação da pata traseira era a única alternativa possível para preservar sua vida. O procedimento cirúrgico foi realizado em Botucatu, seguido de cuidados intensivos, acompanhamento clínico e início do processo de recuperação.
Concluída a fase de estabilização e reabilitação inicial, a equipe do CEMPAS avaliou que o animal não teria condições de retorno à vida livre, devido à limitação física permanente. Diante disso, foi articulado o encaminhamento para o Zoológico “Joaquim Garcia Franco”, em Guaíra, unidade com estrutura e experiência para oferecer cuidados contínuos e qualidade de vida ao animal. Em abril deste ano, essa relação entre as duas unidades já havia resultado na transferência de outra onça-parda ao local, o macho Kalu.
A médica veterinária responsável pelo caso entrou em contato com a equipe do zoológico, e a transferência ocorreu após a confirmação de que o local poderia atender às necessidades específicas da onça-parda a longo prazo.
Atualmente, a filhote, batizada de Nala, passa por um período de adaptação em recinto reservado, sob monitoramento constante, com foco em seu bem-estar físico e comportamental. Após essa fase, ela poderá integrar ações de educação ambiental, contribuindo para a conscientização sobre a preservação da fauna silvestre.
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