15 julho 2017
Quem passou pela Avenida Santana na manhã deste sábado, 15, deve ter levado um susto com a enorme fila formada por boa parte da via. Isso porque, desde as primeiras horas da manhã, centenas de pessoas esperam por uma oportunidade de participarem do Feirão do Emprego, que acontece até às 15 horas e oferece cerca de 120 vagas de um novo recomeço na carreira profissional. O evento acontece por meio de uma ação do CEBRAC em parceria com a secretaria de Desenvolvimento.
A reportagem do Acontece Botucatu acompanhou uma parte dos trabalhos. Ouviu relatos de esperança e de pessoas que buscam uma alternativa para a crise. Por volta de meio-dia, cerca de mil pessoas já haviam se apresentado na unidade com seus documentos e currículo. Por diversas vezes, a fila de interessados chegou até o prédio onde está abrigado o SAMU, batendo a marca de quatro quarteirões.
Parceira da ação, a prefeitura comemorou o sucesso do Feirão. “É um esforço em conjunto do CEBRAC com a prefeitura para tentarmos minimizar esse desemprego que assombra o país. O município sempre busca parceiros nessa área e estamos trabalhando com a capacitação, geração de empregos e outras alternativas para frearmos esse problema. Apesar dos números melhorarem no primeiro semestre, buscamos sempre mais ações”, explicou o secretário de Desenvolvimento, Marcelo Sleiman.
Para o CEBRAC, organizador do evento que já está em sua quarta edição na cidade, a procura está dentro das expectativas da unidade. “Hoje nós disponibilizamos 120 vagas para as mais diversas áreas. São vagas para quem está desempregado, mas que também podem ser preenchidas por quem busca uma nova colocação no mercado e o movimento tem sido como a gente já esperava, uma vez que nos anos anteriores, tivemos quantidades semelhantes de concorrentes e felizmente, sempre conseguimos preencher todas as vagas”, comenta Amanda, gestora da unidade.
Para quem enfrenta a fila desde as primeiras horas, a esperança é da conquista de uma vaga. “Cheguei aqui por volta 
das 7 horas da manhã, ou seja, duas horas antes da abertura das atividades e a fila já era muito grande. Esse é o retrato do desemprego, que hoje atinge todas as classes. Eu estou há dois anos sem um registro em minha carteira e com esperança de encontrar algo hoje”, desabafou Paulo Roberto de Oliveira, de 48 anos, que busca uma vaga na área de produção. Seu último emprego foi na cidade de Itu.
Neste domingo, o Acontece trará informações completas e números da ação.
Fotos: Acontece Botucatu
