18 outubro 2024
Chamas consumiram área de mais de 300 hectares de área verde. Esta já é considerada a maior tragédia ambiental dos últimos anos na região.
Um estudo realizado pela Unesp de Botucatu (SP) deverá indicar os prejuízos causados à fauna e à flora da fazenda Edgárdia, atingida por incêndios florestais que se estendem por mais de um mês.
O local é uma Área de Proteção Permanente por conta da grande biodiversidade presente no local, que abriga espécies ameaçadas de extinção.
A fazenda tem 1,2 mil hectares e foi afetada pelas chamas que começaram em uma área pequena, mas se espalharam rapidamente devido ao vento e ao tempo seco. Segundo a administração da fazenda, ainda não é possível calcular a extensão total dos danos.
Segundo Sabrina Brasil Freitas, engenheira florestal da Unesp, equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e brigadistas ainda fazem o rescaldo da área, pois novos focos de incêndio surgem facilmente.
Ainda segundo a engenharia, um estudo já está em andamento para avaliar os prejuízo causados à fauna e à flora do local.
“Já foram avistados tatus carbonizados, alguns tipos de aves… Eles ficavam confusos e, às vezes, buscando o ninho, acabavam voando para as áreas que estavam tendo fogo. Então, os animais acabaram sendo bastante afetados“, explica Sabrina.
Um levantamento preliminar indica que mais de 300 hectares de área verde foram destruídos. Essa tragédia ambiental já é considerada a maior dos últimos anos na Cuesta Paulista.
“É uma área muito grande que pegou todo o fronte da Cuesta, que é uma área de mais difícil acesso, praticamente o que sobrou de vegetação natural da nossa região”, explica Renata Cristina Batista Fonseca, professora da Unesp.
A Prefeitura de Botucatu decretou situação de emergência e criou um comitê de gerenciamento de crise com a Defesa Civil e outras entidades para auxiliar no combate às chamas.
G1
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