Fotos: Luiz Fernando
Cerca de 400 pessoas entre estudantes e servidores públicos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu, que estão em greve desde o dia 4, promoveram uma passeata de cinco quilômetros na manhã desta terça-feira (18). A concentração dos manifestantes foi no estádio Municipal Professor João Roberto Pilan Inca.
Com as caras pintadas, munidos de apitos, cartazes, faixas e embalados pelos instrumentos de percussão os estudantes e servidores caminharam até a Unesp pela Rodovia João Butignolli, onde foi feito uma assembleia para avaliar o movimento e definir a participação de todos na caminhada de protesto que acontece na noite de quinta-feira pela região central da Cidade.
Os servidores pleiteiam reajuste salarial de 11% junto ao Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) e isonomia de pisos e benefícios com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Já os estudantes reivindicam melhores condições para os estudantes de baixa renda se manterem na Universidade; restaurante universitário com refeições de baixo custo; transporte público de qualidade e compatível com as atividades nos campi e condições mínimas de moradia estudantil.
Também está contido na pauta de reivindicações aumento da democracia na universidade entre o poder de voto de professores, estudantes e funcionários. De acordo com o estudante do 2º ano de enfermagem, Micael Almeida a greve foi deflagrada em razão de a reitoria da Universidade ter se recusado a negociar. Por isso optamos pela greve para lutar pelos nossos direitos, diz. Enquanto a reitoria não se sentar para discutir nossas propostas a greve vai continuar, emenda.
Estudante do 1º ano de Biologia, Angelina Rodrigues Tazoi, realça que o movimento é pacífico e nenhum incidente aconteceu desde que a greve foi deflagrada. Ninguém está aqui procurando fazer baderna. Só queremos mostrar que não estamos satisfeitos. A greve foi a maneira que tivemos para reivindicar, disse.
A manifestação transcorreu de maneira pacífica e ordeira com acompanhamento de viaturas da Polícia Militar (PM) e Guarda Civil Municipal (GCM). Esse protesto é um direito que os estudantes e servidores têm para reivindicar o que consideram seus direitos. Nós só acompanhamos para evitar excessos, frisou o comandante da 1ª Companhia da PM, capitão José Semensati. Eles fizeram tudo dentro da normalidade e em nenhum momento houve a necessidade de uma intervenção nossa, complementou o comandante da GCM, Sérgio Bavia.
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