28 janeiro 2019
As mortes de William dos Santos Amaral, 22 anos, da cidade de Itapevi e Leandro Assunção da Costa, 26 anos, morador de Botucatu, chocaram a cidade no fim de semana. Ambos se afogaram no último sábado, dia 26, na Cachoeira Véu de Noiva.
O local possui placas que indicam o perigo de afogamento e no dia do acidente o volume da água estava muito acima do normal. Segundo os Bombeiros, mortes por afogamento em locais públicos não ocorriam há 4 anos em Botucatu.
Durante esta tarde, a Prefeitura divulgou que realizará reuniões entre os entes do Turismo e Forças de Segurança para traçar ações nos locais com riscos de afogamento. Em nota a Prefeitura disse que lamenta o ocorrido no fim de semana e lembra que atualmente o Rio Pardo não possui controle de vazão.
“A Prefeitura de Botucatu lamenta imensamente o ocorrido no último sábado nas dependências da cachoeira Véu de Noiva. O local conta com placas de sinalização indicando os riscos de afogamento devido à correnteza do Rio Pardo, já que atualmente não há controle de vazão do mesmo. Excepcionalmente, nos últimos dias, o volume de água do rio estava muito superior ao normal, inclusive visualmente perceptível para os frequentadores, ampliando ainda mais os riscos. As equipes da Defesa Civil, GCM, Secretaria de Turismo e Corpo de Bombeiros realizam todos os anos campanhas denominadas “Viva Verão”, orientando os banhistas a evitarem locais de risco. Essas equipes irão se reunir ao longo desta semana para traçar ações com a finalidade de intensificar a segurança da população nos locais com riscos de afogamento. Finalizamos ressaltando que a Prefeitura irá seguir o protocolo apontado pelo Corpo de Bombeiros, que é a instituição responsável por fiscalizar e orientar o funcionamento de locais públicos”, explica a nota.
Os Bombeiros também irão intensificar ainda mais as ações de divulgação da Operação Viva Verão. Há anos o trabalho de conscientização é realizado em Botucatu e colheu bons números nas últimas temporadas.
No próximo domingo, dia 03 de fevereiro, haverá distribuição de panfletos durante o ‘Avenida é Sua’, junto com o projeto Crescer Seguro, que visa a conscientização para evitar acidentes com crianças.
Lembrando que além do Véu de Noiva, Botucatu possui outros três pontos de acesso público com cachoeiras:
- Cachoeira da Marta (oficialmente fechada para reformas)
- Cachoeira da Indiana (particular com permissão de acesso)
- Cachoeiras da Pavuna (local particular com permissão de acesso mediante pagamento)
Em todos esses casos não há perigo eminente de afogamento, exceto quando o volume de água sobe consideravelmente, como ocorreu no último sábado no Véu de Noiva, após as fortes chuvas da sexta-feira. Todas as outras cachoeiras catalogadas em Botucatu estão dentro de propriedades particulares.
Relembre o caso
No último sábado, dia 26, os jovens William dos Santos Amaral, 22 anos, da cidade de Itapevi e Leandro Assunção da Costa, 26 anos, de Botucatu, morreram afogados na Cachoeira Véu de Noiva. Os corpos foram encontrados no domingo, 27, após várias ações de mergulho dos Bombeiros.
Segundo informações obtidas no local pelo Acontece Botucatu junto aos Bombeiros, William do Amaral chegou ao local no início da tarde de sábado e entrou na cachoeira, apesar do volume muito alto da água. Após alguns minutos, ele foi tragado pela correnteza não conseguiu voltar.
Ainda de acordo com novas informações obtidas pelo Acontece Botucatu, uma corrente com várias pessoas foi formada para tentar salvar o rapaz, o que é muito perigoso, segundo os Bombeiros. Nesse momento, Leandro Assunção da Costa tentou ajudar o primeiro jovem e também se afogou.
Uma senhora, mãe de William do Amaral, tentou entrar na água para salvar o filho, quase se afogou, mas saiu ilesa. Os dois jovens então desapareceram no Rio Pardo. As equipes dos Bombeiros se revezaram nas ações de resgate, mas a força das águas dificultou os trabalhos no mesmo dia, sendo que os corpos foram encontrados no domingo a uma distância de 150 metros da cachoeira.
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