Devoção: túmulo de Anna Rosa é o mais visitado no feriado de Finados em Botucatu

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Devoção: túmulo de Anna Rosa é o mais visitado no feriado de Finados em Botucatu 02 novembro 2020

Túmulo de Anna Rosa em Botucatu atrai milhares de pessoas em todo Feriado de Finados

Anna Rosa em Botucatu

Fotos Acontece Botucatu 

Uma sepultura simples, localizada próximo ao cruzeiro do cemitério Portal das Cruzes se tornou um dos pontos mais visitados de Botucatu. Neste feriado de finados, apesar da pandemia, certamente não será diferente e a cada hora centenas de pessoas devem passar no túmulo de Ana Rosa, totalizando milhares de visitantes ao longo do dia entre admiradores de sua história e devotos.

Considerada milagreira, Anna Rosa, tem uma capela localizada na Cohab I, local de sua morte, mas seu corpo está enterrado em um jazigo no Portal das Cruzes. No local, dezenas de placas anunciam as graças alcançadas por meio da jovem de 20 anos assassinada pelo marido no ano de 1885 em Botucatu.

Passados 135 anos de sua trágica morte, diversos milagres e graças são atribuídos à Ana Rosa. Muitos devotos e admiradores cuidam de seu túmulo e capela, sempre com o sentimento de gratidão por alguma graça alcançada.

A história de Anna Rosa

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Anna Rosa era casada com Francisco de Carvalho Bastos, conhecido pelo apelido de Chicuta, homem que transportava gado e tinha um ciúme doentio pela esposa. Ele cometia atos de violência moral e física, transformando a vida da mulher em um martírio.

Cansada de sofrer, ela resolveu fugir de casa, em Avaré, e a cavalo, tomou o rumo de Botucatu. Aqui chegando, pediu abrigo na casa de Fortunata Jesuína de Melo, proprietária de um cabaré.

Chicuta, louco por vingança, seguiu o rastro da esposa e em Botucatu contratou dois homens para matá-la. José Antônio da Silva Costa, o Costinha, e Hermenegildo Vieira do Prado, o Minigirdo.

Costinha se fez passar por um bom homem e ofereceu cobertura para Ana Rosa deixar o marido. Mal sabia ela que caminhava para uma cilada mortal. Quando Ana Rosa chegou com Costinha nas proximidades do Rio Lavapés, avistou seu marido e se deu conta da emboscada armada contra ela.

A moça pediu a todos os santos para que não a matassem e mesmo assim os assassinos, sem piedade, consumaram o crime, esquartejando-a. Anna Rosa morreu no dia 21 de junho de 1885, com 20 anos de idade. Era nascida no município de Avaré.

Os criminosos foram presos e condenados. Costinha, após cumprir pena, saiu e morreu esmagado quando cortava uma árvore. Minigirdo morreu na prisão, vítima de varíola. Chicuta, em uma tarde de sexta feira, ia voltando da cidade para a fazenda quando sua carroça puxada por bois parou, de forma misteriosa.

Nervoso, batia nos animais, mas o carro não saía do lugar. Ao se deitar no chão para verificar as rodas do carro, os bois seguiram e as rodas separaram sua cabeça do corpo. Para muito foi a vingança de Anna Rosa. A história de Ana Rosa é relatada na música “Ana Rosa” de Carreirinho e gravada em 1957 pela dupla Tião Carreiro e Pardinho. Ouça a música:

 

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