Desapropriação gera conflito entre proprietário e prefeitura

Cidade
Desapropriação gera conflito entre proprietário e prefeitura 16 agosto 2013

A desapropriação de uma área de pouco mais de 7 mil metros quadrados ? s margens da SP-209 Rodovia João Hipólito Martins – Castelinho vem ocasionando uma queda de braço entre a Prefeitura Municipal de Botucatu com o proprietário da área, Camilo Megid. Isso porque não houve acordo no preço do terreno e o prefeito João Cury Neto, elaborou um Decreto de Utilidade Pública para desapropriar a área e o caso está sendo julgado na Justiça.

Megid é proprietário de uma área total de 20 mil metros quadrados onde havia um posto de gasolina, um restaurante e é ponto de encontro de caminhoneiros e o prefeito quer usar um espaço de pouco mais de 7 mil para fazer uma avenida para ligar o centro ao Shopping Botucatu que está sendo construído naquela região da Cidade e tem previsão de ser inaugurado em abril de 2014.

“Não está correto usar uma área de minha propriedade para fazer uma entrada exclusiva para o shopping. Não chegamos a um acordo, pois não está certo fazer esta desapropriação. Isso aqui tem dono, não está abandonado e estou aqui há 35 anos. Não posso concordar com isso, porque estão tomando um patrimônio que é da minha família”, reclamou Megid.

O prefeito João Cury Neto destacou que como homem público está zelando pelo que é melhor para o Município. Cita que a avenida irá dar acesso ao shopping, a um novo hotel e ao futuro hospital do câncer. “É o interesse público que está em jogo. Somente o shopping irá gerar 1.500 empregos diretos e 3 mil indiretos, além de movimentar o comércio da Cidade. Por isso, como não houve o acordo, fiz o Decreto de Utilidade Pública e o caso será decidido na Justiça”, colocou Cury.

O prefeito adianta que se a desapropriação for decretada pela Justiça, a família de Megid não terá perdas. “A desapropriação não causará prejuízo, pois o senhor Megid será indenizado. Quem irá decidir o valor a ser pago é a Justiça e não eu. O que a Justiça determinar iremos cumprir”, garantiu João Cury. “O que não posso fazer como homem público é fechar os olhos para um investimento de mais de 70 milhões e que será de muita importância para Botucatu que é ter um shopping de primeiro mundo”, emendou.

Cury cita que o processo de desapropriação é comum em qualquer município. “Quando, por exemplo, o Fórum foi construído foi necessário fazer desapropriações para construir a avenida. Se uma empresa quer se estabelecer na Cidade, a prefeitura pode fazer desapropriações para doação da área. É necessário colocar o interesse público em primeiro lugar”, finalizou o prefeito.

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