Corrida pela saúde mental reúne dezenas de pessoas no Cantídio em Botucatu

Cidade
Corrida pela saúde mental reúne dezenas de pessoas no Cantídio em Botucatu 18 maio 2025

Evento marca o Dia Nacional da Luta Antimanicomial com esporte, integração e conscientização

Botucatu viveu uma manhã diferente neste domingo, 18 de maio, ao receber a 1ª Corrida da Luta Antimanicomial. O evento foi realizado nas dependências do hospital Cantídio e reuniu dezenas de participantes entre corredores e caminhantes, todos unidos por uma causa urgente e necessária: a promoção da saúde mental livre de preconceitos e exclusões.

Sob o lema “Pela saúde mental, eu corro”, a iniciativa contou com uma caminhada de 2 km e uma corrida de 5 km, proporcionando momentos de integração, cuidado e reflexão sobre a importância do acolhimento em liberdade para pessoas com sofrimento psíquico.

A ação foi organizada pelo CAIS Professor Cantídio de Moura Campos e pela OSS Pirangi, com apoio de diversas instituições e parceiros da cidade. A corrida também celebrou o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, reforçando o compromisso de Botucatu com uma saúde mental mais humanizada, acolhedora e livre de estigmas.

A organização agradeceu a presença do público e o envolvimento das equipes de apoio, além de parcerias fundamentais como: Prefeitura de Botucatu, Fatec, Guarda Municipal, Sabesp, Escola do Meio Ambiente, Academia UltraFit, Fabi Modas, Amauri Som e Adriano Penteado.

O evento deve se tornar tradição na cidade, sempre com o objetivo de dar visibilidade à causa e mobilizar a sociedade em defesa dos direitos das pessoas com transtornos mentais.

O que é o Dia Nacional da Luta Antimanicomial?

Comemorado em 18 de maio, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial marca a resistência contra práticas violentas e excludentes no tratamento de pessoas com transtornos mentais. A data foi instituída a partir do movimento de profissionais da saúde, usuários e familiares, iniciado nos anos 1980, que questionava o modelo manicomial vigente no Brasil.

A luta antimanicomial defende que nenhuma pessoa deve ser isolada da sociedade por conta de seu sofrimento psíquico. Em vez de internações forçadas em hospitais psiquiátricos, o movimento propõe o fortalecimento de uma rede de cuidados em liberdade, com centros de atenção psicossocial (CAPS), serviços de saúde mental comunitários e ações que respeitem os direitos humanos.

É um grito por dignidade, empatia e políticas públicas que enxerguem o paciente como cidadão, e não como um problema a ser escondido.

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