23 janeiro 2025
Imagens registradas pelo repórter Lucas Machado, da rádio Criativa FM, mostram o acumulo de resíduos plásticos, entulho, papel, garrafas e até roupas no leito do rio
O Córrego Tanquinho, um dos importantes cursos d’água de Botucatu, tem sua nascente localizada no coração da cidade, no bairro que leva o mesmo nome, área central, o que, por um lado, proporciona um espetáculo da natureza, mas, por outro, apresenta grandes desafios relacionados à conservação e preservação ambiental. A proximidade com áreas urbanas tem gerado sérios problemas, especialmente no que diz respeito ao descarte irregular de lixo e à falta de ações eficazes do poder público.
A beleza da nascente e a realidade do descarte de lixo
A nascente do Córrego Tanquinho é um verdadeiro patrimônio natural, com suas águas cristalinas e uma paisagem encantadora. No entanto, a beleza que poderia ser um ponto de visitação e um símbolo de preservação ambiental tem sido comprometida pela ação humana. O despejo irregular de lixo e entulho nas imediações da nascente tem se intensificado ao longo dos anos, colocando em risco a qualidade da água e o ecossistema local.
Imagens registradas pelo repórter Lucas Machado, da rádio Criativa FM, mostram o acumulo de resíduos plásticos, entulho de construção civil, papel, garrafas e até roupas descartados de maneira inadequada na área, prejudicando não só a saúde do córrego, mas também a fauna e a flora que dependem dessa água para sua sobrevivência.
A Falta de Ações de Preservação
Apesar das belezas naturais e da importância ambiental do Córrego Tanquinho, o poder público local tem sido criticado pela falta de ações eficazes para proteger e preservar esse recurso hídrico. Muitos moradores e ambientalistas apontam a ausência de políticas públicas que envolvam a educação ambiental da população, além da necessidade urgente de fiscalização mais rigorosa sobre o descarte de lixo.
“É muito triste ver um local tão bonito sendo destruído pela irresponsabilidade de algumas pessoas. A cidade precisa investir em projetos que incentivem a preservação, além de uma maior fiscalização para evitar o descarte irregular”, afirma João Silva, morador do bairro há mais de 20 anos.
Além da ausência de ações visíveis de preservação, a cidade enfrenta também o problema de planejamento urbano inadequado. O crescimento desordenado das construções nas margens do córrego contribuiu para o agravamento da situação.
A questão ambiental exige uma abordagem mais ampla, envolvendo a participação do poder público, das empresas locais e da população em geral. Algumas propostas já foram discutidas por ambientalistas e especialistas, como a criação de áreas de preservação permanente ao redor da nascente, mais investimentos em infraestrutura e o aumento da fiscalização sobre os terrenos e a proximidade das construções.
A nascente do Córrego Tanquinho, com toda a sua beleza, merece ser tratada com o respeito que a natureza exige. A preservação desse patrimônio natural não é responsabilidade de um único setor, mas sim de toda a sociedade. A conscientização ambiental, o engajamento da população e uma atuação mais incisiva do poder público podem ser a chave para garantir que o Córrego Tanquinho continue a encantar as futuras gerações, sem comprometer a saúde do meio ambiente.
É preciso agir agora, antes que a falta de ação torne o córrego um triste reflexo do descaso com o nosso patrimônio natural.
