Um caso de descaso cometido por um funcionário da Concessionária Rodovias do Tietê S/A, aconteceu na tarde deste domingo, no km 285 da Rodovia Marechal Rondon, dois quilômetros após o pedágio do município de Areiópolis, entre 14 ? s 15 horas. Uma família (dois casais e uma criança de seis anos de idade), que serão mantidos em sigilo, viajavam em um carro modelo Logus e ao chegar no citado km, estourou o rolamento da roda traseira esquerda.
A Concessionária foi acionada e o atendimento telefônico feito por uma mulher de nome Adriana, que foi gentil em todos os aspectos. O socorro (caminhão guincho) chegou em, aproximadamente, 15 minutos. E foi aí que começou o drama dessa família.
Sempre usando tons ríspidos, como se estivesse incomodado em ser acionado ? quela hora, o funcionário alegou que levaria o carro, mas teria que deixar a família ali naquele trecho da rodovia. Depois de muito conversar ele aceitou em levar todo mundo. Com o carro guinchado no caminhão da Concessionária, ele passou pelo pedágio e fez com que o proprietário do veículo pagasse a tarifa alegando que, embora o automóvel estivesse guinchado pela própria empresa que explora a tarifa, o pedágio tinha que ser pago. Era esta, segundo ele, uma determinação expressa da empresa.
Já no Posto de Gasolina Hudson, antigo Posto Boa Esperança, ele levou o carro até um mecânico que dizia ser seu amigo e iria resolver o problema (foto). Ao chegar, ele procurou esse mecânico e conversou, reservadamente, por alguns minutos. Depois disso, o mecânico alegou que só para avaliar o problema teria que cobrar uma taxa de R$ 50,00. Questionado sobre o valor da troca do rolamento, ele alegou que para dar o preço teria que desmontar o carro e só então diria quanto ficaria o conserto pela mão de obra, sem contar o valor do rolamento.
Indignada, a família optou por não fazer nenhum serviço e ligou para o Guincho do Polo em Botucatu, que foi buscar o veículo. Se o carro ficasse no posto a família teria que pagar o preço que o mecânico pedisse, já que ele desmontaria parte do carro. Isso, sem contar os R$ 50,00 pedidos inicialmente apenas para fazer uma avaliação do problema, sem usar nenhum tipo de ferramenta.
Na manhã desta segunda-feira a reportagem do Acontece entrou em contato com a Concessionária Rodovias do Tietê S/A (0800-770-3322) e foi atendida por uma funcionária de nome Adriana, curiosamente, a mesma pessoa que atendeu o apelo de socorro feito um dia antes quando o carro ficou parado no km 285 da Rondon.
Ela se inteirou da situação, lembrou de ter atendido o apelo (inclusive citou o nome completo do proprietário do veículo que estava na ficha de serviços prestados) e adiantou que iria passar o caso para que a Ouvidoria tomasse ciência. Pediu para que a reportagem fizesse uma ligação interurbana para o telefone (15) 3285-4100 e falasse com a ouvidora de nome Cristine.
Porém, como a reportagem questionou em fazer o interurbano, ela garantiu que a ouvidora da Concessionária iria entrar em contato para saber o que havia acontecido, o que não ocorreu. O nome do funcionário também não foi fornecido. A reclamação está protocolada na empresa Concessionária sob o número 219.
A direção do jornal decidiu tornar público essa situação já que este pode não ser um caso isolado e outras pessoas podem ter reclamações a fazer, principalmente com relação ao tratamento que recebem dos motoristas dos caminhões guinchos que, por motivos diversos, acabam não chegando ao conhecimento da direção da Concessionária, acarretando reincidências.
Fotos: Jornal Acontece Botucatu
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