Fotos: Luiz Fernando
Os coletores de lixo e varredores de ruas de Botucatu, que prestam serviços ? empresa Monte Azul com matriz em Araçatuba entraram em greve na manhã desta segunda-feira (7) pleiteando um reajuste salarial de 30%. A negociação está sendo feita pela advogada Ana Cândida, representando o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur).
Um acordo foi feito entre a empresa e os funcionários no mês passado sendo antecipado de 5% enquanto a Selur negocia o reajuste com as empresas do Estado. Em Botucatu os salários, com os 5% antecipados, não chegam a R$ 900,00. Nós antecipamos 5% e estamos aguardando a conclusão das negociações e iremos cumprir o que for acordado. Se o reajuste for, por exemplo, de 15%, iremos acrescentar mais 10% nos salários. Não sabemos em quanto vai ficar esse percentual, disse o gerente operacional da empresa, Jaime Simplício Toloza.
Os trabalhadores realçam que os salários atuais praticados em Botucatu estão longe de atender as suas necessidades básicas. Temos que brigar pelo que achamos justo. O salário em Botucatu é muito inferior ao de outras empresas do setor que atuam no estado. Por isso, estamos pleiteando 30% de aumento para equiparação salarial. Pedimos desculpas pelos transtornos que poderemos causar, mas temos que lutar pelos nossos direitos, disse um dos funcionários em greve.
A empresa Monte Azul mantém um contrato temporário com a Prefeitura Municipal de Botucatu e participou do processo licitatório e na abertura dos envelopes feita na semana passada, deu o melhor lance. Agora a documentação está sendo analisada pela Comissão Permanente de Licitação (Copel), para que o contrato seja formalizado. As outras duas empresas que deram lances foi a Revita, de São Paulo e a Pró-Activa, de Sorocaba.
O secretário municipal de Obras, André Peres, está acompanhando de perto as negociações entre as partes e adiantou que enquanto durar esse impasse, a Prefeitura irá assumir, temporariamente, a coleta do lixo na Cidade. Não vamos interferir nessa negociação que está sendo feita, mas não podemos deixar os munícipes sem a coleta do lixo. Iremos assumir, temporariamente, esse trabalho, usando servidores municipais e caminhões da própria Prefeitura. Esperamos que esta negociação seja feita o mais rápido possível e que atinja os interesses das ambas as partes envolvidas, disse Peres.
A greve dos trabalhadores responsáveis pela limpeza urbana não está restrita a Botucatu. Em outras cidades do Estado a paralisação já dura uma semana e o reajuste salarial de 10% oferecida em audiência realizada no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), que reuniu representantes do Selur e do Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Manutenção de Áreas Verdes Públicas e Privadas (Siemaco) não foi aceita. A categoria pede um reajuste de 15,39%.
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