CDL sugere desapropriação do shopping inacabado da Amando

Cidade
CDL sugere desapropriação do shopping inacabado da Amando 28 fevereiro 2010

Há mais de dez anos, um prédio inacabado na Rua Amando de Barros, onde seria construído um shopping center, vem se constituindo como um verdadeiro desafio aos governantes e, principalmente, para os lojistas da cidade. O prédio inacabado, chamado de “aberração arquitetônica” ou “elefante branco”, localiza-se na área mais nobre e valorizada da cidade.

O dono desse imóvel é o coreano Kim Young Shoe. Ele apresentou o projeto do shopping a alguns empresários da cidade que chegaram a fazer investimento para ocupar espaços no local. Porém, o coreano, que era visto com bastante frequencia na cidade, simplesmente, desapareceu, e a situação da principal rua da cidade permanece indefinida. Quem investiu no projeto, perdeu dinheiro.

O presidente da CDL – Câmara dos Dirigentes Lojistas, Antônio Cecílio Júnior, entende que o caso já ultrapassou o limite do tolerável e alguma coisa deve ser feita com relação ? quele prédio. Nem uma desapropriação é descartada. Em 2002 até uma implosão do prédio chegou a ser cogitada.

“É lamentável. Já passou dos limites. Estive conversando com o prefeito João Cury Neto e ele mostrou-se interessado em discutir e encontrar uma solução para o problema. Nas administrações anteriores as conversas não evoluíram. Quem sabe este ano a situação seja contornada. A discussão sobre aquele prédio não pode mais ser adiada”, colocou Cecílio Júnior.

O presidente entende que o prédio, após passar por uma reestruturação geral, pode vir a servir a comunidade. “Seria interessante debater como aquele prédio poderia ser usado. Não descarto a possibilidade de que seja desapropriado e venha a se transformar em um centro comercial, centro empresarial, ou mesmo para alojar secretarias da Prefeitura”, sugere o empresário.

Ele entende que, como o assunto é de muita complexidade, deve ser tratado por diferentes setores da sociedade local. “Tudo é pra ser discutido. O que não pode é a gente cruzar os braços e ver o prédio se deteriorando com o tempo, na região mais nobre da cidade. Precisamos analisar qual é a real situação do prédio seja na área jurídica, seja na área estrutural, para ver o que pode ser feito”, colocou Cecílio Júnior.

O presidente da CDL sacramenta: “Quem vem de outras cidades da região para visitar ou efetuar suas compras no comércio da Rua Amando leva a triste imagem daquele prédio. Por isso temos que encontrar uma maneira de resolver esse problema. Chega de falar, temos que agir”.

Foto: Quico Cuter

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