Caso autóctone de Leishmaniose Canina é confirmado em Botucatu

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<strong>Caso autóctone de Leishmaniose Canina é confirmado em Botucatu</strong> 19 junho 2025

Cão infectado vivia na região leste; Vigilância intensifica ações de combate e prevenção

A Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) confirmou nesta semana o primeiro caso autóctone de Leishmaniose Visceral Canina em Botucatu, ou seja, com transmissão ocorrida dentro do próprio município. O diagnóstico foi realizado pelo Instituto Adolpho Lutz de Sorocaba, referência em exames laboratoriais.

O animal infectado residia na região leste da cidade, área onde um levantamento entomológico da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo já havia apontado a presença do inseto transmissor da doença, conhecido como “mosquito-palha”.

A Leishmaniose é uma doença grave, que pode afetar tanto cães quanto seres humanos, transmitida pelo mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis). Esse inseto se desenvolve em locais úmidos com acúmulo de matéria orgânica, como folhas, frutos e fezes de animais. Costuma picar no início da noite e durante a madrugada.

Sintomas e prevenção

Os tutores de cães devem estar atentos a sinais como emagrecimento progressivo, feridas que não cicatrizam, queda de pelos (especialmente ao redor dos olhos e orelhas), crescimento anormal das unhas, apatia e fraqueza. Ao observar qualquer um desses sintomas, é fundamental procurar um médico veterinário.

Uma das principais formas de prevenção é o uso de coleiras repelentes com deltametrina a 4%, recomendadas por profissionais da área.

Além disso, o manejo ambiental é essencial para evitar a presença do vetor: manter quintais limpos, eliminar matéria orgânica em decomposição e dar destino adequado ao lixo orgânico são medidas que ajudam a interromper o ciclo do inseto transmissor.

Ações em andamento

A VAS está realizando busca ativa de casos suspeitos entre cães no município. Por isso, é importante que os moradores colaborem com os profissionais de saúde durante as visitas e sigam as orientações de manejo animal e ambiental.

A ação conta com apoio da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia e do Instituto de Biociências da UNESP de Botucatu, que irão ampliar o levantamento entomológico para identificar a presença do vetor em outras regiões da cidade. Exames específicos também serão feitos para verificar se os insetos já estão infectados com o protozoário causador da doença.

A população pode tirar dúvidas sobre a Leishmaniose Visceral Canina através do WhatsApp exclusivo da Vigilância: (14) 98120-1933, disponível somente para mensagens, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 17h.

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