Câmara de vereadores decidirá sobre financiamento de represa em Botucatu

Cidade
Câmara de vereadores decidirá sobre financiamento de represa em Botucatu 14 novembro 2018

Botucatu deu mais um importante passo para a construção da represa do Rio Pardo. Na manhã desta quarta-feira, 14, saiu uma portaria do Ministério da Cidade com o chamado enquadramento da obra, ou seja, que autoriza o financiamento após a conclusão de alguns tramites. A informação foi dada pelo Prefeito Mário Pardini em entrevista à Rádio Criativa FM.

Agora o processo vai para a Câmara Municipal de Botucatu. Nesta manhã o Prefeito Mário Pardini irá protocolar o Projeto na Casa de Leis. Trata-se de uma Lei Autorizativa, ou seja, os vereadores irão votar pelo financiamento ou não da obra, orçada em aproximadamente R$ 50 milhões.

O projeto deverá passar por comissões dentro da Câmara e uma Audiência pode ser realizada em breve, segundo declarações do Presidente da Casa, Izaias Colino, durante entrevista nesta manhã na Rádio Criativa FM. Se o projeto não for votado por algum motivo, Botucatu perde o prazo e terá que recomeçar o processo do zero em um novo governo que será empossado em 01 de janeiro de 2019.

Se os vereadores entenderem que a cidade precisa dessa obra e após respeitados todos os tramites, haverá a votação em plenário. O Acontece Botucatu apurou que o Prefeito Pardini se reuniu nesta terça-feira, dia 13, com sua base na Câmara (Izaias Colino, Alessandra Lucchesi, Zé Fernandes, Jamila Cury Dorini, Sargento Laudo, Carreira, Cula e Paulo Renato) e ainda hoje irá procurar os demais vereadores (Rose Ielo, Carlos Trigo e Abelardo) para falar da importância da obra e seu respectivo financiamento ainda em 2018.

Aprovado, o Projeto volta para a Caixa com a definição do financiamento. Em 2018 o Governo Federal teve o valor de R$ 7 bilhões para obras de saneamento em todo o país, mas esses recursos foram esgotados e os empréstimos congelados.

Após análise do Ministério das Cidades, Alexandre Baldy, responsável pela pasta, conseguiu incluir Botucatu, que disputava com milhares de outros projetos que esperavam a retomada dos financiamentos. Apenas três cidades conseguiram o chamado enquadramento.

O empréstimo precisa ser liberado ainda em 2018, pois em 2019, com o governo Bolsonaro, o Ministério da Cidades pode deixar de existir e a liberação para a obra se tornaria inviável em um primeiro momento,sendo que Botucatu voltaria a estaca zero.

Com a liberação dos recursos, existe uma previsão inicial de que as obras comecem em março de 2021. “Não é uma obra para apenas um Prefeito, mas de vários, uma obra que vai resolver de vez a questão do abastecimento em Botucatu”, disse Pardini ao Acontece Botucatu.

O projeto

O objetivo é construir uma barragem em uma área na região da cachoeira Véu de Noiva, um dos locais públicos mais acessados de Botucatu. O complexo recebe as águas do Rio Pardo, que abastece a maior parte de Botucatu e região.

De acordo com informações passadas ao Acontece Botucatu, essa barragem iria funcionar como um grande reservatório de água bruta. Dessa maneira, estaria garantido o abastecimento em períodos de estiagem ou crises hídricas, como a vivida em 2014/2015.

A primeira função dessa barragem será de abastecimento público, mas a represa terá múltiplos usos. Ela poderá ter a vazão regularizada para que produtores rurais utilizem a água para suas produções e colheitas, segundo o projeto.

As indústrias também poderiam ser beneficiadas. Assim se evitaria cenários como em 2014, quando a Duratex deixou de produzir durante três dias, pois não tinha água para resfriar suas caldeiras.

A barragem terá uma vazão de 1000 litros por segundo. Isso significa mais que dobrar a capacidade de produção de água de Botucatu mesmo em períodos de crise hídrica. Isso permitiria a utilização para o seu quarto objetivo, o turístico, que poderia gerar renda para o município, como ocorre com as represas Billings e Guarapiranga em São Paulo.

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