Botucatu não registra raiva canina desde 1985, mas atenção contra ciclo silvestre continua

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Botucatu não registra raiva canina desde 1985, mas atenção contra ciclo silvestre continua 22 dezembro 2025

Equipe reforça importância da vacinação de cães e gatos e alerta para riscos no contato com morcegos e outros animais silvestres

A raiva é uma doença viral grave, com taxa de letalidade próxima de 100%, mas que pode ser totalmente evitada com vacinação, vigilância constante e cuidados adequados. No Brasil, o cenário mudou nos últimos anos: os casos de raiva humana registrados atualmente estão relacionados principalmente ao ciclo silvestre, especialmente ao contato com morcegos, e não mais aos cães.

Dados nacionais indicam que, entre 2010 e 2025, foram registrados 53 casos de raiva humana no país. O Brasil está há mais de dez anos sem registros de raiva humana transmitida por cães, o que reforça a eficácia das políticas públicas de vacinação e controle da doença. Hoje, a maior preocupação das autoridades de saúde está ligada aos reservatórios silvestres do vírus.

No estado de São Paulo, o último caso de raiva humana pela variante canina foi registrado em 1997. Já o último caso de raiva canina ocorreu em 1998. Desde então, os registros da doença no estado estão associados exclusivamente ao ciclo silvestre.

Em Botucatu, a situação é ainda mais consolidada. O último caso de raiva canina no município foi registrado em 1985, resultado de décadas de ações contínuas de vacinação, vigilância ativa e trabalho preventivo da saúde pública.

A Vigilância Ambiental em Saúde faz um alerta importante à população: nunca manipular morcegos, macacos ou outros mamíferos silvestres, mesmo que aparentem estar feridos, caídos ou imóveis. O manejo desses animais deve ser feito exclusivamente por equipes especializadas, devido ao risco de transmissão da doença mesmo sem mordida visível.

Morcegos

A Vigilância Ambiental em Saúde também reforça que os morcegos não devem ser tratados como vilões. Eles exercem um papel fundamental no equilíbrio ambiental, atuando no controle de insetos, na polinização e na dispersão de sementes. O alerta das autoridades é para situações específicas de risco, como a presença de morcegos caídos, imóveis ou em locais de convívio humano, o que pode indicar algum problema de saúde no animal. Nesses casos, a orientação é não tocar ou tentar recolher o animal e acionar imediatamente os serviços especializados.

Vacinção

Apesar do controle da raiva canina, a vacinação de cães e gatos continua sendo fundamental, principalmente a animais que tiveram contato com morcegos ou outros vetores do vírus da raiva. Além de proteger os animais, a imunização é uma das principais barreiras para a prevenção da raiva humana e para a manutenção da segurança sanitária no município.

O agendamento da vacinação antirrábica em Botucatu pode ser feito pelo telefone ou WhatsApp (14) 3811-1609, junto à Vigilância Ambiental em Saúde. Informação, prevenção e vigilância seguem sendo as principais armas para salvar vidas.

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