Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860, além de metas abusivas e de assédio moral que, segundo a confederação, adoece os bancários. Foram alguns dos motivos que levaram os bancários a iniciar uma greve nesta quinta-feira (19), por tempo indeterminado. A decisão pela greve, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), foi definida em assembleias ocorridas no dia 12 deste mês.
A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de reajuste de 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc). A proposta e de PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado), além de parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.
Os representantes dos trabalhadores denunciam, também, o elevado índice de adoecimentos no ramo financeiro devido a uma combinação de acúmulo de trabalho, volume de pressão por metas e déficit de pessoal. Por isso reivindicam mais contratações para melhorar a qualidade do atendimento, com abertura de agências das 9 ? s 17 horas, dois turnos de trabalho e jornada diária de cinco horas.
Em nota divulgada nesta quinta-feira, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse que a população tem uma série de canais alternativos para a realização de transações financeiras além das agências bancárias. Os bancos oferecem aos clientes opções como os caixas eletrônicos, internet banking, o aplicativo do banco no celular (mobile banking), operações bancárias por telefone e também pelos correspondentes, que são casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.
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