A Prefeitura de Botucatu, através da Secretaria Municipal de Transporte (Semutran), informa que a tarifa do transporte coletivo público municipal reajustada de R$ 2,35 para R$ 2,65, em novembro deste ano, só irá vigorar em 2013. A resolução deverá ser publicada no Semanário Oficial do Município, 72 horas antes do início da cobrança do novo valor.
Embora a negociação para chegar ao reajuste tenha sido consolidada em novembro num consenso entre o Conselho Municipal do Transporte Coletivo (CMTC), diretores das empresas concessionárias Stadtbus e Sant´Anna e Prefeitura Municipal, ainda não foi definida uma data precisa para que o aumento entre em vigor.
As negociações para selar o acordo se iniciaram com as concessionárias pleiteando um aumento de R$ 3,13, mas o prefeito João Cury Neto ofereceu R$ 2,60. As empresas chegaram a R$ 2,70 e o Conselho ofertou R$ 2,65, sendo o valor aceito pelas concessionárias e referendado pelo prefeito João Cury.
Na ocasião, o engenheiro Vicente Ferraudo, responsável pela pasta da Secretaria Municipal de Trânsito e Mobilidade Urbana (Semutran), revelou que procurou costurar um acordo que contemplasse os interesses dos usuários e das empresas.
Buscamos sempre o consenso, o equilíbrio para chegarmos a um denominador comum, sendo colocados na mesa de negociação vários fatores, minuciosamente, avaliados. As empresas não poderiam ficar sem aumento, mas por outro lado, os usuários não podiam ser penalizados com uma tarifa alta. Então o número de consenso foi R$ 2,65, esclareceu Ferraudo.
Secretário enfatizou que as empresas estavam sem reajuste na tarifa desde julho de 2011e nesse período houve aumento no preço do combustível e nas peças de manutenção e reposição; renovação da frota, assim como aumento da quilometragem percorrida, gratuidade e reajuste nos salários dos trabalhadores das empresas que foi de 15% somando 2011 e 2012, entre outros fatores.
Por isso negociamos uma alternativa de reajuste para que as empresas tenham condições de continuar prestando um bom serviço ? população sem prejudicar os usuários. Por força de Lei Municipal, as empresas teriam direito a um reajuste da tarifa a partir do dia 11 de novembro, mas isso não aconteceu. Na mesa de negociação as empresas tinham o direito de pleitear o que acham interessante para ter mais lucro. Entretanto, tivemos que avaliar todas as possibilidades até encontrar um patamar que fosse interessante tanto para as empresas como para os usuários, colocou Ferraudo. O ideal seria que não tivéssemos aumento, mas tínhamos consciência de que isso seria inviável, emendou o secretário.
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