Ações de prevenção minimizam impactos das chuvas

Cidade
Ações de prevenção minimizam impactos das chuvas 21 março 2013

No dia 16 de janeiro deste ano, um volume intenso de chuvas colocou Botucatu em estado de alerta. Nesta primeira quinzena de março, a Defesa Civil contabilizou um volume superior a 100 milímetros de chuva, índice preocupante para tal espaço de tempo. Ainda assim, as ocorrências relacionadas ? s chuvas em Botucatu reduziram em 30% em comparação ao primeiro mês do ano.

Apesar dos transtornos causados pelas tempestades desta época do ano, prejuízos maiores junto ? população foram neutralizados devido ? agilidade e planejamento do Poder Público Municipal e outros parceiros agentes. Segundo o coordenador da Defesa Civil de Botucatu, Paulo Renato da Silva, toda essa minimização dos impactos das chuvas em Botucatu está fortemente relacionada ? s ações de prevenção programadas pela “Operação Verão”, iniciada em janeiro deste ano.

“Na época nos reunimos com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Civil Municipal, secretarias de Obras, Mobilidade Urbana e Assistência Social e outros parceiros, e conseguimos definir o papel de cada um em momentos como este, sempre preocupados na integridade física das pessoas. Além desta integração temos emitido alertas, orientado a população através da imprensa, e colocando em dia a limpeza dos córregos da Cidade. Podemos dizer que, em comparação a outras cidades do País, principalmente as localizadas em áreas serranas e que tem forte presença de rios na zona urbana, Botucatu está preparada para enfrentar fortes chuvas”, argumenta.

{n}Galerias são prioridade {/n}

Investimento em obras de infraestrutura promovidas pela Prefeitura nos últimos quatro anos também tem um peso considerável para que catástrofes não ocorram devido ? s fortes chuvas. Desde 2009 até 2012 foram construídos mais de seis quilômetros lineares de galerias pluviais, em pontos da Cidade que há tempos sofriam com alagamentos e erosões por não possuírem uma infraestrutura básica para captação destas águas.

Um bom exemplo pode ser visto hoje na Rua Vitor Atti, confluência com a Rua Tenente João Francisco, Vila dos Lavradores. No local foram construídos mais de 270 metros de galerias que direcionam a água das chuvas ao córrego ? antiga estação da Fepasa, evitando que imóveis e pedestres sofressem com os alagamentos constantes no local.

Em andamento, na região do Comerciários, o Poder Público Municipal investe na construção de uma escada de gabião para a captação de água das chuvas para a conservação da nascente do Córrego do Tenente.

Outras obras de prevenção aos impactos da chuva em Botucatu também podem ser citadas como galeria e pavimentação da Estrada dos Oyan; galerias na Rua Joaquim Barreiros e escada dissipadora na Rua Salim Kahil, região da Cecap; limpeza e desassoreamento do Ribeirão Lavapés; aterramento de erosão na Avenida Marginal ao Ribeirão Lavapés; construção de muro de contenção na ponte da Rua Raphael Sampaio.

O secretário municipal de Obras, André Luiz Peres, ressalta que investimentos em serviços de drenagem urbana tem sido prioridade da atual Administração Municipal e que outros projetos devem sair do papel ainda este ano. Destaque para a construção de uma galeria com dois mil metros de extensão na Rua Jaguaribe, que deverá ser licitada ainda neste primeiro semestre, na Vila Antártica. Além de outra galeria no mesmo bairro, com 260 metros lineares na extensão da Rua Stelia Paulini Lunardi, obra esta que deverá iniciar ainda neste mês.

Até o final do ano, o plano de obras da Prefeitura de Botucatu é construir pouco mais de oito quilômetros de galerias pluviais, investimento de quase R$ 6 milhões. Isso sem contar possíveis convênios com as esferas federal e estadual que possam ajudar na execução de outros projetos.

“Temos outras obras de galeria que estão em fase de estudo na Secretaria de Obras que beneficiarão bairros como o Monte Mor, Jardim Tropical, Santa Elisa, Convívio, Real Park, região de Rubião Júnior, entre outros. Esse é um tipo de serviço que muitas prefeituras prorrogam em fazer porque não é algo visível aos olhos da população, mas ela é de extrema importância para a própria conservação e pavimentação das vias que se deterioram mais facilmente quando não possuem essa infraestrutura de drenagem urbana”, argumenta.

{n}Piscinões{/n}

Paralelamente, a Prefeitura de Botucatu tem acompanhado de perto os cronogramas dos projetos de construção dos cinco “piscinões” através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 do Governo Federal. Atualmente, a empresa Matriz Gerenciamento de Projetos Ltda. ME, vencedora da licitação em outubro de 2012, trabalha na validação dos projetos executivos para a construção destas barragens que amortecerão as cheias no Município. O prazo para entrega dos projetos é de 180 dias.

As barragens contarão com comportas para regular a vazão das águas e serão construídas nos seguintes córregos estratégicos: Lavapés (área ao lado da Rodovia Gastão Dal Farra); Água Fria (área localizada na bifurcação entre as ruas Joaquim Marins e da Amizade, região do bairro Recanto Azul); Cascata (terreno ao lado do Residencial Spazio Verde, defronte ? Rodovia Marechal Rondon); Antártica (área defronte ao final da Rua 1º de Maio); e Tenente (próximo ao Conjunto Habitacional Amando de Barros Sobrinho, na região da Vila Cidade Jardim).

O reservatório do Córrego da Água Fria, por exemplo, beneficiará toda a baixada próxima ao Terminal Rodoviário, que sofre com enchentes em dias de chuva forte. Já a do Córrego do Tenente ajudará a drenar toda a água que desce da região do Asilo e se acumula na Rua Independência. A proposta é que o entorno dos locais que abrigarão essas barragens seja revitalizado com a construção de um parque linear, que receberá equipamentos voltados ? recreação e ao lazer da população.

O convênio foi assinado pelo prefeito João Cury Neto e representantes da Caixa Econômica Federal em 31 de agosto de 2011. O acordo garantiu a liberação de R$ 39.807.839,44 e o volume médio de água estimado (no período de 100 anos) para cada reservatório a ser construído ficou assim definido: Antártica 31.880,00 m³; Água Fria 12.438,00 m³; Cascata 131.716,00 m³; Tenente 23.117,00 m³; e Lavapés 62.689,00 m³.

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