Fatec e Etec entram em greve por Plano de Carreira

Turismo
Fatec e Etec entram em greve por Plano de Carreira 17 fevereiro 2014

Foto: Divulgação

Alunos e professores do Centro Paula Souza (Ceeteps), onde estão inseridas as Fatecs (Faculdades de Tecnologia) e Etecs (Escolas de Tecnologia), entraram em greve nesta segunda-feira (17) por tempo indeterminado, para forçar o governo do estado a implantar o Plano de Carreira, que vem se arrastando há dois anos.

De acordo com o professor Sérgio Augusto Rodrigues, um dos membros do movimento grevista, em todas as unidades há falta de professores e funcionários, pois os salários são os menores da educação profissional e tecnológica do Brasil e as condições de trabalho deixam muito a desejar.

“Em 2011, fizemos uma greve forte. Na época, além de algumas conquistas, que nem de perto minimizaram nossas perdas salariais, o governo do estado comprometeu-se a elaborar um novo plano de carreira para a categoria. Desde então, o Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps) vem pressionando pela implantação da carreira e muitos atos e manifestações foram realizados em todo o estado. Durante o ano de 2013, houve várias negociações entre as partes e foi construída uma proposta considerada razoável pelos trabalhadores, que aceitavam deixar de fora algumas reivindicações históricas, a fim de agilizar seu trâmite e ver o novo plano implantando naquele ano”, lembra Rodrigues.

Entretanto, prossegue o professor, no meio de 2013, quando as negociações terminaram, o projeto seguiu para o governo, que precisaria apenas enviá-lo ? Assembleia Legislativa. “Embora tenha se comprometido a fazer isso ainda em 2013, a tempo de ser aprovado até o final do ano, o governo não cumpriu a palavra. Hoje, não sabemos onde está o projeto e nenhuma posição concreta é fornecida. Também há informações de que o governo pretende cortar alguns itens acordados entre as partes. A greve, portanto, é para forçar o governo a enviar o projeto para a Assembleia e aprová-lo com urgência, sem cortes”, disse Rodrigues.

Ele ressalta que o movimento conta com o apoio dos alunos e de seus pais, que pagam impostos e sabem do esforço para manter a qualidade do ensino. “Os indicadores educacionais mostram que, mesmo aviltados pelo governo há anos, mantemos nosso compromisso com a sociedade paulista e honramos a função pública que exercemos. Somos profissionais e merecemos respeito!” coloca o professor.

Segundo a presidente do Sinteps, Silvia Elena de Lima a greve está amparada pela legitimidade. “Durante todo o ano de 2013, o Sinteps buscou a solução amigável, cobrando dos órgãos competentes o envio do nosso projeto de carreira, discutido e aprovado pelos trabalhadores, para a Assembleia Legislativa e consequente aprovação e tivemos todo o cuidado em documentar as reuniões, que aconteceram, em sua maioria, em atividades de paralisação, com atos públicos e comissão de trabalhadores presentes ? s reuniões”, revela a presidente do Sinteps.

Ele afirma que fez a convocação das assembleias setoriais tendo como ponto específico de pauta a greve geral da categoria com início em 17 de fevereiro e mesmo não havendo atividades essenciais na área de educação, orientou o pessoal das unidades agrícolas ? manutenção da vida das plantações e dos animais.

“Comunicamos com o mínimo de 72 horas de antecedência ao início da greve a decisão das assembleias setoriais ao Ceeteps, esclarecendo que a greve é pela aprovação da nossa carreira, sem retirada de direitos. Divulgamos para a imprensa comunicado dirigido ? sociedade, informando o início da greve e as reivindicações da categoria, bem como fizemos esta divulgação no site do sindicato e nas redes sociais para nossos alunos. Assim, a greve está amparada de toda a legitimidade que a categoria merece”, destacou Silvia Elena.

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