Vacina contra HPV é oferecida a meninas de 9 e 10 anos

Saúde
Vacina contra HPV é oferecida a meninas de 9 e 10 anos 16 março 2015

A Secretaria de Saúde de Botucatu começou a convocar garotas de 9 e 10 anos de idade para comparecerem ao posto mais próximo de sua residência e, assim, receberem a primeira dose da vacina contra o HPV, que protege contra o câncer de colo de útero – o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil. Em Botucatu, a Secretaria Municipal da Saúde estima que tenham 915 meninas de 9 anos e outras 957 de 10 anos. 

A campanha contra o HPV foi incorporada desde o ano passado no calendário de vacinação do Ministério da Saúde em todo o País, com foco nas garotas de 11 a 13 anos. A ação também conta com apoio das escolas municipais, onde está concentrado o público alvo. 

Até o momento, 2.608 meninas (89,59%) de 11 a 13 anos receberam a primeira dose da vacina e 1.630 (55,80%) a segunda dose. Em Botucatu, a estimativa é que haja 2,9 mil meninas nesta faixa etária. A terceira dose da vacina deverá ser aplicada cinco anos após a primeira dose.

A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje ela é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização.

Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas cerca de 175 milhões de doses da vacina em todo o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS). 

“Vale ressaltar que a vacina não protege contra outras doenças sexualmente transmissíveis, de forma que as pessoas vacinadas devem usar preservativos nas relações sexuais”, esclarece a enfermeira Mara Silvia Carmelo, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuve).

 

Sobre o HPV

É um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto.

Estimativa da Organização Mundial da Saúde aponta que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer de colo do útero, estimativas apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. 

Até o ano passado, o Instituto Nacional do Câncer estimava o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4.800 óbitos. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o papanicolau, anualmente. A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais.

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