Tipo de linfoma destaque na mídia é tratado no HC

Saúde
Tipo de linfoma destaque na mídia é tratado no HC 13 julho 2016

 

LinfomaRecentemente, o ator Edson Celulari foi diagnosticado com um câncer chamado Linfoma Não-Hodgkin. Há alguns anos, a Presidente afastada Dilma Rousseff e o ator Reynaldo Gianecchini também foram diagnosticados com a doença em fase inicial. Dilma e Reynaldo já foram liberados pelos médicos, enquanto Edson Celulari inicia seu tratamento. Mas o que é Linfoma não-Hodgkin?

O sistema linfático é composto por órgãos, vasos, tecidos linfáticos e pelos linfonodos, popularmente conhecidos como ínguas, que se distribuem em posições estratégicas do corpo para ajudar a defendê-lo de infecções. Esse sistema produz e transporta os glóbulos brancos, células que combatem as infecções e participam do sistema de defesa do organismo.

O linfoma ocorre quando uma célula normal do sistema linfático se transforma, cresce sem parar e se dissemina pelo organismo. O médico hematologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) Dr. Lucas Cantadori dá mais detalhes. “Os diversos tipos de linfomas têm comportamento e grau de agressividade diversos. Por isso, os linfomas são divididos em dois grupos: Linfomas de Hodgkin e Não-Hodgkin. O primeiro ocorre em um tipo de célula conhecida como célula de Reed-Sternberge; o segundo, mais comum, pode surgir em outras células do sistema linfático”, explica.

Cada categoria abrange inúmeros outros subtipos específicos, com comportamentos biológicos e prognósticos diferentes. Segundo Dr. Cantadori, são mais de 20 variações. “Por exemplo: a presidente Dilma Rousseff teve um Linfoma Não-Hodgkin de Células B, enquanto o ator Reinaldo Gianecchini teve um Linfoma Não-Hodgkin de Células T. As duas doenças têm um comportamento clínico, prognóstico e tratamento diferentes. No caso do ator Edson Celulari, o subtipo não foi divulgado”, diz.

Em geral, os linfomas se manifestam com o aparecimento e crescimento progressivo de linfonodos (as “ínguas”), muitas vezes de forma indolor, acompanhados pelos seguintes sintomas de alerta: perda progressiva de peso, sudorese noturna frequente, febre diária e manchas na pele que causam coceira. A incidência de novos casos permaneceu estável nas últimas cinco décadas. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa de novos casos em 2016 foi de 2.470, sendo 1.460 homens e 1.010 mulheres.

O especialista afirma que, atualmente, o Ambulatório de Quimioterapia do HCFMB trata cerca de 30 pacientes diagnosticados com Linfoma Não-Hodgkin, considerando todos os subtipos. “Além disso, acompanhamos mais de 100 pacientes diagnosticados com esse tipo de câncer, mas que já estão fora de tratamento, em seguimento clínico e laboratorial”, diz.

Cantadori fala sobre o tratamento do Linfoma de Não-Hodking: “O tratamento é realizado com quimioterapia, imunoterapia e radioterapia, quando necessário. Cada subtipo de Linfoma Não-Hodgkin têm o seu tratamento, intensidade e duração específicos. No caso de subtipos mais agressivos, pode ser necessária a realização do Transplante Autólogo de Medula Óssea (TMO). O HCFMB iniciou há alguns meses a realização desse procedimento, o que beneficiará diversos pacientes”, diz.

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