Propostas de Botucatu estão na Conferência da Saúde

Saúde
Propostas de Botucatu estão na Conferência da Saúde 14 julho 2015

Botucatu está representada por oito delegados na Conferência Regional da Saúde, que ocorre na cidade de Bauru. Os delegados foram eleitos na Conferência Municipal da Saúde, realizada no último dia 4, na Unifac (foto), onde também foram elencadas de três a cinco propostas em cada um dos oito eixos que norteiam o tema “Saúde Pública de Qualidade para Cuidar bem das Pessoas: Direito do Povo Brasileiro”. As proposituras discutidas regionalmente em Bauru poderão seguir para as Conferências Estadual e Nacional.

Os eixos temáticos discutidos na conferência deste ano são os seguintes: “Direito à Saúde, Garantia de Acesso e Atenção de Qualidade”; “Participação Social”; “Valorização do Trabalho e da Educação em Saúde”; “Financiamento do SUS e Relação Público-Privado”; “Gestão do SUS e Modelos de Atenção à Saúde”; “Informação, Educação e Política de Comunicação do SUS”; “Ciência, Tecnologia e Inovação no SUS”; “Reformas Democráticas e Populares do Estado”.

“O importante é que tivemos aqui em Botucatu uma discussão bastante democrática, com a participação de um público bastante engajado  e preocupado em melhorar a saúde pública como um todo. A nossa expectativa é que consigamos viabilizar grande parte dessas propostas no âmbito municipal e que outras consigam ser melhor debatidas nas conferências estadual e nacional”, diz o secretário municipal de Saúde, Claudio Lucas Miranda.

 

Defesa ao SUS

 

A Conferência Municipal da Saúde contou com a participação de mais de 80 pessoas. Além da escolha dos delegados e discutição profunda das prioridades da Saúde no âmbito local, o público pôde acompanhar a palestra do médico José Fernando Casquel Monte, presidente do Conasems (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde) e secretário municipal de Bauru. Ele enfatizou a defesa pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e seu sub-financiamento, que está em proposta no Governo Federal.

“Este é o momento de discutir com a sociedade para definir que tipo de sistema de saúde ela deseja, porque a quantidade de risco que estamos submetidos hoje é muito grande. Há um projeto de Reforma Constitucional que não foi votado ainda, que coloca no seu artigo sétimo, o direito dos trabalhadores terem plano de saúde. Se a gente [população brasileira] tivesse condições econômicas de ter plano de saúde isso já estaria funcionando, mas o que iremos ver será o surgimento de planos privados de péssima qualidade. E se a gente trabalhar com a ideia de que o SUS pode acabar, o que fica no lugar?”, indagou Monte.

“Até 1988 a saúde era entendida como um seguro. O trabalhador pagava um valor e tinha uma carteirinha. Se ele não tivesse essa carteirinha era um indigente. Com a Constituição, a saúde virou um direito universal para todo mundo, ou seja, é uma ideia recente. [Com o SUS] Aumentamos impressionantemente a expectativa de vida a ponto de haver projeções, para 2030, de que 40% da população terão mais de 60 anos e isso ser um enorme problema para a Previdência. Será que a consolidação do sistema não tem haver com isso?”, questionou novamente o palestrante.

 

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