Postos de Saúde inicia vacinação contra a hepatite A

Saúde
Postos de Saúde inicia vacinação contra a hepatite A 29 agosto 2014

O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), tem ampliado o Calendário Básico de Vacinação da Criança em 2014. Desta vez as unidades de saúde de Botucatu passam a oferecer a vacina contra hepatite A.

O público alvo são crianças de 1 ano até menores de 2 anos. A Secretaria Municipal da Saúde estima que tenham cerca de 1,8 mil crianças nesta faixa etária a serem imunizadas. 

“É uma vacina de dose única e sem reações. Esperamos que as mães levem seus filhos aos postos e mantenham certos hábitos de higiene para evitar a contaminação e transmissão da doença”, diz a enfermeira Mara Silvia Carmello, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuve).

 

Sobre a doença

Embora a hepatite A seja uma doença que atinge o fígado, o vírus em si não é citopático, ou seja, não destrói as células do órgão. Mas as manifestações clínicas da doença podem ser graves, conduzindo a uma estimativa de 34.000 mortes em todo mundo em 2005. 

O vírus é transmitido de pessoa a pessoa por via fecal-oral ou ingestão de água e alimentos contaminados. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos ocorrem cerca de 1,4 milhões de casos de hepatite A em todo o mundo. A doença costuma apresentar alta prevalência nos países com precárias condições sanitárias e socioeconômicas. 

A hepatite A é doença habitualmente benigna na infância e de incidência frequente e precoce nas populações de baixa renda, que vivem em más condições de saneamento básico. 

Entre as populações de melhor situação sanitária, a incidência se desloca para faixas etárias mais altas (adolescentes, adultos e idosos), nos quais a infecção é frequentemente sintomática e eventualmente grave. Mais de 75% dos adultos com hepatite A são sintomáticos, enquanto 70% das infecções em crianças menores de 6 anos não apresentam sintomas.

Para o Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) estima que ocorram 130 casos novos/ano por 100 mil habitantes e que mais de 90% da população, maior de 20 anos, tenha tido exposição ao vírus.

Não há nenhum tratamento específico para a enfermidade. A recuperação dos sintomas após a infecção pode ser lenta e demorar semanas ou meses. A terapia visa à manutenção de conforto e equilíbrio nutricional adequado, incluindo a reposição de fluidos que são perdidos através de vômito e diarreia. Portanto, a prevenção é a medida mais importante para seu controle, como a vacinação.

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