HCFMB inaugura Biobanco para aprimorar estudos sobre câncer

Saúde
HCFMB inaugura Biobanco para aprimorar estudos sobre câncer 14 dezembro 2016

 

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) inaugurou hoje, 14, o Biobanco, serviço de coleta e armazenamento de material molecular de tumores que serão utilizados para fins de pesquisa.

A cerimônia de abertura foi realizada no Salão Nobre da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) com a presença de diversos médicos e colaboradores do hospital. Discursaram o superintendente do HCFMB, Dr. Emílio Curcelli; o chefe de Gabinete do HCFMB, Dr. André Luis Balbi; Dra. Maria Cristina P. Lima, representando Dr. Pasqual Barretti, diretor da FMB; e o médico patologista responsável pelo Biobanco, Dr. Marcelo Moraes.

O Biobanco do HCFMB é pioneiro na região e beneficiará pacientes, pesquisadores da área da saúde e a comunidade de um modo geral, além de consolidar o HCFMB como um polo de referência em pesquisa, diagnóstico e tratamento oncológico.

Dr. Emílio iniciou a cerimônia de inauguração ressaltando sua felicidade em estar presente na inauguração do Biobanco, já que esta é sua última participação em eventos oficiais como Superintendente do HCFMB.  “Agradeço a ajuda de todos que colaboraram para a realização desse sonho, que é o Biobanco. Este serviço nos dá expectativa e abre uma série de possibilidades em termos de pesquisa e assistência. Estou muito feliz e reconheço todo o esforço feito para que o Biobanco acontecesse”, afirmou.

Dr. André Balbi destacou que o HCFMB preza pelo ensino, assistência e pesquisa, e que o Biobanco dá impulso à pesquisa na área oncológica. “Tenho certeza que o Biobanco é um grande salto na área de ensino e pesquisa do Hospital, o que o tornará referência no atendimento oncológico. Parabéns a todos por essa grande realização”, disse.

Responsável pelo Biobanco, Dr. Marcelo falou sobre o orgulho da inauguração do Biobanco. “O serviço facilita o arquivo de material oncológico para pesquisas futuras, colocando o HCFMB como centro de referência não só no tratamento oncológico, mas também com pesquisa de vanguarda. O paciente tratado doa uma amostra de sua neoplasia (tumor) que será utilizada para pesquisas futuras. O Biobanco é uma conquista e estamos realizados em poder trabalhar com essa estrutura e oferecer cada vez mais benefícios aos nossos pacientes”, finaliza.

Sobre o Biobanco

 O grande diferencial do Biobanco do HCFMB é permitir estudos sobre o câncer em caráter molecular, possibilitando aperfeiçoamento diagnóstico, identificação de alvos moleculares para novas terapias dirigidas, criação de perfis prognósticos, entre outros.

A implantação do Biobanco no HCFMB é um projeto antigo, mas que só pode ser concretizado esse ano, com a regulamentação junto aos órgãos de regulação ética local e nacional, ocorrida em fevereiro. Ao longo de 2016, houve a estruturação física do local, com instalações adequadas para manutenção das amostras e mecanismos de segurança de acesso e controle de temperatura local.

O Biobanco passa a funcionar da seguinte forma: primeiro, é coletado o material para formar a coleção de tumores. Essa estocagem é feita a partir dos casos de Patologia cirúrgica convencional no Hospital. O paciente, primeiro, autoriza, através de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (já aprovado pelos órgãos reguladores de pesquisa local e nacional), a guarda deste material no banco de tumores e sua utilização para a pesquisa. É colhida, a partir do material cirúrgico do Hospital, uma amostra excedente para o Banco de Tumores. Esse material é coletado a fresco (sem passar por processamento histológico convencional), congelado e mantido em freezers de baixíssimas temperaturas, garantindo a preservação e a integridade das moléculas, e só poderá ser utilizado para fins de pesquisa e a identidade do paciente será preservada.

Quando houver a formação da coleção de tumores, o material poderá ser processado para o fornecimento das macromoléculas para pesquisa. O pesquisador consulta o Biobanco sobre os casos disponíveis (quantidade e tipos de casos desejados) e submete o projeto de pesquisa ao Comitê de Ética local, que avalia o trabalho de acordo com os trâmites legais da Instituição. Se aprovado, o pesquisador terá à disposição os casos já coletados dentro do Banco de Tumores, que fornecerá as macromoléculas necessárias, de acordo com a viabilidade.

Vivian Abilio – Assessoria de Imprensa do HCFMB via 4toques Comunicação

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