HC realiza primeiro tratamento com Iodoterapia

Saúde
HC realiza primeiro tratamento com Iodoterapia 20 janeiro 2015

No mês de dezembro, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) realizou a primeira hospitalização para procedimento de Iodoterapia. O serviço passa a ser feito a partir de agora nas dependências do HC, que será referência na região abrangida pela Diretoria Regional de Saúde (DRS) VI, constituída por 68 municípios.

A expectativa inicial é que sejam realizados dois tratamentos por semana. A iodoterapia é um dos tratamentos utilizados para o câncer de tireoide e consiste na administração via oral (líquido ou cápsula) do iodo radioativo. Dependendo da dose a ser administrada, há a indicação da hospitalização em quarto apropriado, pois o paciente pode ser fonte de radiação.

 “O paciente é hospitalizado para que possamos controlar a liberação de radiação e não porque algo possa acontecer ou que a dose de iodo faça algum mal a ele. O iodo promove uma destruição das células tireoidianas e é, praticamente, imperceptível ao o paciente”, explica Kátia Hiromoto Koga, médica nuclear.

O carcinoma diferenciado de tireóide (CDT) é um tipo de câncer que, em geral, apresenta um ótimo prognóstico.  Embora existam casos mais agressivos, a grande maioria, quando tratada adequadamente, tem uma excelente resposta.

“Na realidade, o grande problema do câncer de tireoide é que, na maioria das vezes, não há sintomas específicos na fase inicial e muitos desses casos são detectados em consultas de rotina. O auto-exame da tireoide pode ser realizado e permite observar alterações em sua característica. Em frente ao espelho, deve-se hiperestender o pescoço e observar presença de ondulação, nódulos. Caso apresente nodulações cervicais, dificuldade para engolir, respirar ou rouquidão inexplicável e persistente, o paciente deve procurar um médico ”, enfatiza Gláucia M. F. S. Mazeto, médica endocrinologista.

Além da equipe médica, a equipe de enfermagem foi treinada e está devidamente apta para trabalhar no serviço. “Como foi realizado o primeiro procedimento, gerou-se uma grande ansiedade nas equipes. Já tínhamos feito dois treinamentos e temos uma expectativa muito boa.  As equipes, tanto médica quanto de enfermagem estão muito empenhadas para tornar o serviço uma referência”, explica Débora Paulela, enfermeira gerente do Núcleo das Unidades de Internação.

O quarto foi projetado especialmente para receber esse tratamento, possuindo blindagem nas paredes e sala de rejeitos radioativos, além de outras especificidades, de acordo com as normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)

 

Da Assessoria

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