H1N1: Botucatu depende do Estado para antecipar campanha de vacinação

Saúde
H1N1: Botucatu depende do Estado para antecipar campanha de vacinação 08 abril 2016

Após a divulgação na última quinta-feira, 07, de três casos confirmados da H1N1, sendo que duas mulheres vieram a óbito, a Secretaria Municipal de Saúde disse que aguarda as vacinas contra o vírus em questão da Secretaria Estadual de Saúde para antecipação da campanha, prevista inicialmente para começar em 30 de abril.

Segundo o Dr. Claudio Lucas Miranda, Secretário Municipal de Saúde, o Estado foi comunicado sobre a necessidade de Botucatu receber antecipadamente esses lotes. Ele espera uma reação rápida da Secretaria Estadual. “Receberam nosso ofício, nosso comunicado de duas mortes. A campanha de vacinação está prevista para começar em 30 de abril, mas se Botucatu receber as doses antes, vamos divulgar a antecipação para os grupos prioritários”, disse o Secretário.

Claudio Lucas Miranda aproveitou para defender o Munícipio, em especial a Secretária de Saúde, sobre alguns comentários que ele julgou como ‘maldosos’. “Ninguém aqui está enchendo bexiga para o aniversário de Botucatu. Quero que a população entenda que não é a cidade que detém essas vacinas, mas sim o Estado. Infelizmente somos dependentes da Secretaria Estadual de Saúde. Fizemos o comunicado, então torço para que eles sejam sensíveis com este pedido. Aliás, eu mais torço do que espero. Mas deixo claro, não há vacinas, não estamos estocando, quem detém as vacinas é o Estado. Se liberarem antes, óbvio que iremos antecipar a campanha”, desabafou Claudio Lucas Miranda ao Acontece Botucatu.

A imunização para H1N1 está indicada para os seguintes grupos: crianças a partir de 6 meses a menores de 5 anos; gestantes e puérperas; idosos acima de 60 anos e doentes crônicos com recomendação médica; profissionais de saúde e população indígena.

 

Casos confirmados

Foram três casos confirmados na última quinta, 07, pela Secretaria Municipal Saúde. Dois deles resultaram em óbito no último dia 25 de março: uma mulher de 40 anos e outra de 46 anos, ambas atendidas no Hospital Unimed. O terceiro caso confirmado de H1N1 teve como vítima uma criança de 1 ano e 8 meses, que apresentou sintomas de febre alta, tosse e falta de ar intensa. Ela também foi atendida na unidade particular no último dia 29 de março. Segundo informações da Secretaria de Saúde, a criança já teve alta e se recupera em casa.

 

Aglomeração com o aniversário da cidade

Um dos cuidados divulgados para evitar a proliferação do vírus, é justamente evitar grandes aglomerações. Claudio Lucas Miranda disse que não tem o direito de impedir que as pessoas se concentrem para os shows de aniversário de Botucatu, mas que a Secretaria irá utilizar a ocasião para informar sobre o vírus.

“Estaremos com uma unidade Móvel na Praça da Catedral, além de ambulâncias brancas para emergências. Não tenho como pedir para as pessoas ficarem em casa e não compareçam aos shows, não estou nesse direito. Mas vamos aproveitar a oportunidade para distribuir panfletos com orientações para a população nesse momento”, disse Claudio.

 

Pronto socorro ou Unidade básica de saúde ?

A porta de entrada dos pacientes continua a ser os postos da Atenção Básica, onde há equipes capacitadas para fazer a primeira avaliação. É recomendado que a pessoa procure atendimento no pronto socorro em casos de urgência e emergência, ou seja, apresente sintomas mais intensos da doença como febre alta, dificuldades de respiração, dores no peito ou abdômen, cansaço extremo, apatia e vômitos.

“O paciente que apresenta a tradicional coriza, garganta inflamada ou uma febre moderada, ou seja, sintomas de uma gripe comum, deve procurar a unidade de saúde do seu bairro para ser feita avaliação e acompanhamento adequado e, assim, seja evitado uma possível piora do quadro. Além disso, é orientado repouso domiciliar até o desaparecimento dos sintomas. Agora, se apresentar febre alta e falta de ar, aí sim, deve procurar o serviço de emergência”, explica o Secretário.

 

 

 

 

Orientações e prevenções:

– Ao procurar assistência médica, informe os sintomas na recepção da unidade de saúde;

– Não vá à escola ou ao trabalho caso apresente sintomas respiratórios;

– Evitar aglomerações e ambientes fechados;

– Permanecer em casa até 24 horas após o desaparecimento dos sintomas;

– Grávidas, crianças, portadores de doenças crônicas e idosos são mais vulneráveis às complicações da gripe e portanto, devem redobrar os cuidados;

– Manter a caderneta de vacinação atualizada;

– Cobrir sempre o nariz e a boca ao tossir ou espirrar (usar lenços descartáveis ou proteger com o braço/antebraço);

– Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;

– Lavar as mãos com frequência com água e sabão ou utilizar álcool em gel;

– Manter os ambientes domiciliares e de trabalho bem arejados e ventilados;

– Manter higienizados equipamentos de ar condicionado;

– Manter uma boa alimentação e hidratação, além de hábitos saudáveis;

 

Júnior Quinteiro 

 

 

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