Túmulo de ‘Batman’ chama atenção em cemitério de São Manuel

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Túmulo de ‘Batman’ chama atenção em cemitério de São Manuel 02 novembro 2016

familia_batman_1Apesar de não existir relações com o super-herói dos quadrinhos, filmes e desenhos, parte da família Batman está enterrada em São Manuel, no interior de São Paulo, bem distante de Gotham City, cidade fictícia onde ocorrem as sagas do morcego. O orgulho do sobrenome é tão grande, que a família até estuda a possibilidade de instalar uma estátua do personagem no túmulo, que chama atenção no cemitério.

“O sobrenome Batman é incomum e, para nós, é um orgulho porque também representa o personagem. Então a gente tem a ideia de colocar a estátua do Batman no túmulo, que é de mármore, e pintar. A proprietária do cemitério até deu ‘carta branca’, mas agora temos de convencer minha mãe e minha tia. O resto da família topou”, diz Miguel Ângelo Nitolo Neto, de 37 anos, que é neto de Julia Bassil Batman, responsável por trazer a família da Síria ao Brasil.

familia_batman_22De acordo com Neto, o sobrenome é proveniente de Alepo, na Síria, e a família migrou com o objetivo de fugir da Guerra Civil no país. Quando chegou ao Brasil, parte do grupo se instalou em São Paulo e parte ficou em São Manuel.

“Hoje, quando comentamos sobre o sobrenome as pessoas acham que é gozação, mas a família inteira é apaixonada pelo sobrenome e pelo super-herói”, diz Neto. “As pessoas não levam a sério. Muitas vezes já ligaram para a minha avó para perguntar se era da casa do Batman, mas ela adorava a brincadeira.”

No entanto, para a produção do filme “Batman” que foi lançado em 1989, o sobrenome não era motivo de piada. Os familiares de Julia Bassil Batman foram convidados a participar da première com uma exibição exclusiva do filme na capital paulista. “Na época eu tinha uns 8 ou 9 anos, então não fui porque eu era muito novo, mas o meu primeiro brinquedo de super-herói foi um ‘bat-móvel’ de uns 30 centímetros com um boneco”, lembra Neto.

“Desde pequenos nós convivemos com o ‘Batman’ no sobrenome e nós construímos uma estrutura familiar com base nos valores do personagem, mas agora o nosso desejo é tornar o túmulo uma atração e onde minha avó de onde ela estiver, vai estar contente”, finaliza.

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João-de-barro também está no cemitério

joao_de_barroAinda no cemitério de São Manuel, a frase “O joão-de-barro foi morar na cabeça do João de Barros” é comum entre os visitantes. Isto porque a ave construiu uma casa de barro sobre a cabeça do busto de João Baptista de Barros.

Segundo Eduardo Delamonica, historiador da cidade, o busto é de um membro tradicional da família Barros, que foi sepultado em 1895.

“O busto fica visível à entrada do cemitério e se tornou uma atração, pois é um caso curioso e cômico entre os visitantes, que frequentemente são flagrados fotografando o túmulo”, destaca.

O historiador não soube informar sobre a data em que os pássaros se instalaram no local, mas com certeza é uma das atrações para quem visita o cemitério.

Museu a céu aberto

6Os túmulos do cemitério de Jaú também colecionam histórias inusitadas e também são um verdadeiro acervo de obras de arte. Um dos túmulos mais visitados no cemitério Ana Rosa de Paula é o que tem a escultura de uma “noiva”. De acordo com o arquiteto Ricardo Dal’Bó, a escultura é bem feita e representa uma mulher deitada segurando um buquê de rosas. A escultura simboliza a dor, é esculpida em mármore e se chama “Saudade”.

“A escultura encomendada e importada da Europa pela família Toledo Arruda surgiu pela semelhança com uma noiva e acabou transformando-se nas estórias da noiva que abandonada morreu de tristeza, ou da noiva que teve o noivo morto no dia do casamento, ou da noiva que obrigada a casar-se com quem não amava, deu fim a própria vida”, explica Dal’Bó, que também é membro do Conselho do Patrimônio Histórico de Jaú. “Em todo cemitério do Brasil onde exista escultura semelhante, as lendas se assemelham, mas no nosso cemitério os visitantes fazem pedidos relacionados ao casamento à ‘noiva’ do túmulo”, completa.

joao_ribeiro_de_barrosO cemitério de Jaú, que foi inaugurado em 1894, também conta com obras exclusivas das décadas de 1920 e 1930, dos renomados artistas, Roque De Mingo e Eugênio Prati. Famílias com poder aquisitivo elevado encomendavam as obras para homenagear os mortos.

Um dos destaques é a obra de Roque De Mingo, presente no mausoléu do aviador do Comandante João Ribeiro de Barros, que dá nome a uma das principais rodovias do estado de São Paulo. Mas, segundo Dal’Bó, no mausoléu não há nenhum corpo.

“Ele tem seus restos mortais depositados no monumento localizado na praça Siqueira Campos construído em 1953, data do centenário de Jahu. João RIbeiro de Barros morreu em 1947, foi enterrado em princípio no túmulo da família até a finalização da obra do cemitério”, finaliza.

Fonte: G1 Bauru/Marília

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