Identificado piloto de avião que caiu em São Manuel; aeronave era de empresa com sede em Orlândia

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Identificado piloto de avião que caiu em São Manuel; aeronave era de empresa com sede em Orlândia 08 julho 2016

piloto joia

O piloto do avião prefixo PRTVE que caiu no final da tarde desta sexta-feira, 08, na Fazenda Gramadinho, em São Manuel, foi identificado como Elias Sanchez Casanova, morava em Sertãozinho e era natural de Ribeirão Preto. O modelo era um PIPER AIRCRAFT -PA-36-375, de fabricação norte-americana é de uso agrícola. A aeronave pertence a empresa Tangará Aeroagrícola S/A, com sede em Orlândia.

O avião caiu por volta das 17h30, após se chocar contra fios de uma linha de transmissão de energia sobre a Fazenda Graminha, de propriedade da empresa Citrosuco S/A Agroindústria. O local fica às margens da Rodovia SP-191, Geraldo Pereira de Barros, entre Botucatu e São Manuel. O acidente causou a interrupção de energia em cidades como Botucatu, São Manuel, Pardinho e Barra Bonita.

queda-aviao-7As equipes do Corpo de Bombeiros de Botucatu, comandadas pelo Capitão PM Winckler, atenderam ao chamado e chegando no local constataram que a vítima estava sob a aeronave. Iniciaram de imediato a retirada das ferragens com o uso de ferramentas específicas de elevação de estruturas, obtendo êxito após aproximadamente 5 minutos.

Foi feito a retirada rápida da vítima e o transporte imediato ao HC da FMB, realizando a ressuscitação cardiopulmonar, pois a vítima estava inconsciente e em parada cardiorrespiratória. Apesar dos esforços, o piloto não resistiu. Segundo informações extraoficiais, ele teria morrido intoxicado ou afogado com o produto que transportava, já que a aeronave ficou de cabeça para baixo depois da colisão com os fios.

Voos arriscados

Um piloto, que não quis ter a identidade divulgada, disse ao Acontece Botucatu que os voos com aviões agrícolas são mais arriscados, já que tem funções muito específicas para pulverização de lavouras. “O piloto tem que voar muito baixo as vezes, a adrenalina é muito forte. Além disso, o veneno que é pulverizado acaba entrando na cabine e pode atordoar o comandante do avião. Outra situação é o horário. Voar ao entardecer, tem a complicação do pôr-do-sol, que ofusca a visão e atrapalha para enxergar as linhas de alta-tensão”, explicou o piloto.

O caso foi registrado pela Polícia Militar, porém, as investigações das causas do acidente devem ser feitas pela Anac, Agência Nacional de Aviação Civil.

 

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