Réu acusado de três assassinatos é condenado a 55 anos

Polícia
Réu acusado de três assassinatos é condenado a 55 anos 21 junho 2013

Total de 55 anos, dois meses e 12 dias. Foi esta a pena imposta ao réu Wellington Gomes Conceição, de 38 anos de idade, depois de 13 horas de julgamento ocorrido nesta quinta-feira (20) no Tribunal de Júri do Fórum de Botucatu. Ele foi denunciado pela Promotoria Pública por três homicídios triplamente qualificados e condenado pelo Conselho de Sentença formado por sete pessoas da sociedade botucatuense, sorteadas entre as 25 convocadas.

De acordo com a denúncia da promotoria, Wellington Conceição assassinou a médica pediatra Jane Jerônymo da Conceição, sua ex-mulher e os pais dela: João Jerônymo e Salvadora Robis Prado Jerônymo, ambos com mais de 70 anos de idade. Todos foram assassinados a golpes de marreta na cabeça.

O réu já havia sido julgado por estes crimes em 2011 e condenado a uma pena de 16 anos de reclusão Na ocasião os jurados (cinco mulheres e dois homens) condenaram o réu pelo assassinato da esposa, mas o absolveram dos crimes contra o casal de idosos. O promotor de Justiça Marcos José de Freitas Corvino, que atuou na acusação não aceitou a decisão e pediu que um novo julgamento fosse realizado e, desta feita, conseguiu a condenação de mais de 55 anos de reclusão.

Quando o juiz presidente do Tribunal do Júri, Marcus Vinicius Bachiega proferiu a sentença, a família de Jane que veio de São Paulo para acompanhar ao julgamento comemorou a decisão. “Hoje foi feito Justiça”, disse João Donizeti Jerônymo que perdeu a irmã e os pais e fez questão de cumprimentar o promotor de Justiça pelo trabalho em plenário.

Na defesa de Conceição esteve atuando novamente o advogado criminalista Roberto Fernando Bicudo, nomeado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subsecção de Botucatu que defendeu a tese de negativa de autoria, como estratégia. Após o término do julgamento o juiz presidente do Tribunal teceu elogios ao advogado defensor, reconhecendo a complexidade do caso.

{n}Relembrando o crime{/n}

O crime que gerou grande repercussão na Cidade, aconteceu durante a madrugada do dia 1º de maio de 2008, em uma residência na Rua Salvador Bavia, região do Jardim Continental e, de acordo com a denúncia feita pelo promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino, o réu Wellington Conceição assassinou a médica pediatra Jane Jerônymo da Conceição e seus pais, João Jerônymo e Salvadora Robis Prado Jerônymo, que estavam na casa. Para realizar o crime o assassino usou como arma uma marreta com a qual desferiu vários golpes contra a cabeça das três vítimas.

Apurou-se durante o inquérito que Jane era casada com Conceição, mas o casal estava separado havia seis meses e ele não aceitava ficar longe da mulher tendo feito várias ameaças e tentado se suicidar. Em razão disso, Jane solicitou e foi beneficiada com uma medida protetiva de urgência, com base na Lei Maria da Penha e o ex-marido foi proibido de se aproximar dela e da família. Ele passou a morar em São Paulo, trabalhando numa transportadora.

No dia dos fatos, de acordo com o que está descrito na denúncia do promotor, Wellington Conceição viajou para Botucatu, armou-se com uma marreta e foi até a residência onde Jane morava com seus pais. Pulou o muro e bateu na porta, sendo atendido pela ex-sogra (Salvadora), que recebeu os golpes na cabeça e caiu na sala. Na sequencia, o homicida dirigiu-se até o quarto de Jerônymo que estava dormindo e o atacou com a marreta da mesma forma. Por fim, foi até o quarto da ex-esposa, que também dormia e aplicou vários golpes em sua cabeça.

O crime só foi descoberto por volta das 15 horas quando uma testemunha se deslocou até a casa e percebeu sangue que corria por debaixo da porta. Essa pessoa encontrou Salvadora caída na sala, ainda viva, mas agonizando e chegou a ser socorrida pela equipe de resgate do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer. Nos outros dois quartos estavam o pai e a filha que foram assassinados enquanto dormiam.

Wellington Gomes Conceição foi preso na manhã do dia seguinte, na transportadora, em São Paulo, apontado como o principal suspeito do crime e permaneceu preso aguardando o julgamento. Ele nega ser o autor do triplo assassinato.

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