Fotos: Valéria Cuter
Depois dos debates entre acusação e defesa, o Conselho de Sentença formado por cinco mulheres e dois homens optou pela condenação do réu e a juíza presidente do Tribunal imputou a pena de reclusão em regime inicialmente fechado
O Tribunal de Júri do Fórum de Botucatu, sob a presidência da juíza Ana Lúcia Schimidt Rizzon, se reuniu para proceder o julgamento de Fabiano Souza Silva, o Paraíba, denunciado pela Procuradoria Pública como autor do homicídio duplamente qualificado contra um cidadão chamado Marcos Pinto, conhecido como Quitão, ocorrido no dia 25 de outubro de 2013. O crime aconteceu na garagem de casa dos parentes da vítima na Rua Regente Feijó, que faz cruzamento com a José Candeias Júnior, na Vila Real.
Como representante do Ministério Público esteve atuando em plenário o promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino, que pediu a condenação. Na defesa do réu, trabalhou o advogado criminalista Roberto Fernando Bicudo, tendo na assistência Edson Coneglian. Os defensores trabalharam na tese de negativa de autoria. O julgamento atraiu um bom número de pessoas, em razão da complexidade do crime.
Depois dos debates entre acusação e defesa, a maioria do Conselho de Sentença (jurados) formado por cinco mulheres e dois homens (sorteados entre 25 pessoas convocadas) optou pela condenação do réu (4 a 3) e a juíza presidente do Tribunal proferiu a sentença no início da noite imputando a Fabiano Souza Silva uma pena de 17 anos de reclusão. Ao ouvir a sentença o réu gritou: "A justiça é cega! Sou inocente!".
Relembrando o fato
Marcos Quitão, julgado e condenado a 30 anos de reclusão por um duplo assassinato e um homicídio tentado, cumpria pena na Penitenciária de Bauru desde 2006 e também já esteve envolvido com o tráfico de entorpecentes. Ele havia sido beneficiado com a saída temporária, conhecida como “saidinha” do Dia das Crianças e chegou a Botucatu na sexta-feira e ficaria em liberdade até o final da tarde de terça-feira quando se apresentaria à carceragem do presídio.
Entretanto, dois elementos armados e encapuzados entraram pela lateral da casa (Rua José Candeias Júnior) que estava com o portão aberto e chamaram por Quitão. Quando este apareceu na porta da sala recebeu uma saraivada de balas de pistola 9 mm. Foram disparados 36 tiros, sendo que 16 deles atingiram diferentes partes do corpo da vítima, principalmente, na cabeça. Após o crime os assassinos fugiram. Fabiano Souza Silva foi apontado como um dos criminosos e preso. Ele também já foi julgado por ter sido denunciado como autor do assassinato de Edivaldo Ferreira Cardoso, conhecido como Pucão. Porém, o Conselho de Sentença optou pela absolvição.
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