Mulher não aceita absolvição de réu que lhe deu 26 facadas

Polícia
Mulher não aceita absolvição de réu que lhe deu 26 facadas 19 julho 2014

Fotos: Valéria Cuter

 

A dona de casa Cleonice Aparecida Feliz Prado, esta inconformada com o resultado do julgamento do seu ex-namorado Jean Henrique Helsinque da Silva, de 21 anos de idade, ocorrido nesta quinta-feira (17) no Fórum de Botucatu. O réu foi denunciado pela Promotoria Pública como autor de 26 facadas aplicadas contra ela (matéria do júri na página 8), no dia 9 de setembro de 2011,  mas o crime de tentativa de homicídio foi desclassificado para lesão corporal dolosa grave e ele foi absolvido. A vítima esteve presente, foi interrogada e deu sua versão do caso.

“Não posso aceitar esse resultado como normal. Naquele dia só não morri porque Deus não quis. Fiquei muitos dias no hospital, sofri várias cirurgias que deixaram meu corpo marcado e até hoje tenho seqüelas. Ainda não me recuperei. Além do problema físico fui afetada psicologicamente e tenho calafrios quando me lembro daquilo tudo. Foi o pior dia da minha vida”, lembra a mulher.

Ela realça que esperava que o ex-namorado tivesse uma condenação, mas aconteceu o contrário. “Queria que aquelas pessoas que julgaram tivessem dentro de mim para sentir o que é a dor da injustiça. Quando o juiz leu a sentença de absolvição, parece que abriu um buraco no chão e eu caí dentro. Não é possível que isso tenha acontecido e vou ver o que poderei fazer para mudar isso. Não posso aceitar que tudo tenha terminado assim. Levei mais de 20 facadas e acabei punida pelo crime”, desabafa Cleonice.

A mulher adianta que tem todos os laudos médicos e documentos  atestando a agressão sofrida. “Na verdade ele me agrediu com um canivete que carregava no bolso. Ele premeditou o crime e me levou para aquela estrada de terra onde não tinha mais ninguém de testemunha. Ficou a minha palavra contra a dele. Ele confessou o crime e eu quase morri no hospital. Além disso, falou muitas inverdades a meu respeito. Vou atrás do que considero meus direitos e tentar um novo julgamento, pois não posso aceitar o resultado deste que foi realizado, porque a Justiça não foi feita”, sacramentou.

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