Júri formado por mulheres condena réu por homicídio qualificado

Polícia
Júri formado por mulheres condena réu por homicídio qualificado 21 março 2013

Fotos: Valéria Cuter

Sete mulheres da sociedade botucatuense formaram o Conselho de Sentença e votaram pela condenação do réu João Moreno de Carvalho, de 45 anos de idade, em julgamento ocorrido nesta quinta-feira (21) no Tribunal de Júri do Fórum de Botucatu. O réu foi denunciado como autor de um homicídio qualificado praticado contra Vagner Teixeira (na ocasião com 19 anos de idade) ocorrido na madrugada do dia 03 de dezembro de 2008, em um terreno na Rua Capitão José Paes de Almeida, região central de Botucatu.

O juiz presidente do Tribunal de Júri, Marcus Vinícius Bachiega, imputou ao réu uma pena de 16 anos de reclusão em regime, inicialmente, fechado. Desde que o crime foi cometido o réu permaneceu preso por apenas dois meses e 18 dias e aguardava seu julgamento em liberdade. Ou seja, entrou livre no plenário e saiu algemado e escoltado pela Polícia Militar direto para a prisão.

A particularidade desse julgamento é que familiares e amigos da vítima (Vagner Teixeira) de camisetas com os dizeres “Saudades – Justiça” marcaram presença no plenário do Tribunal de Júri. Na saída revelaram que estavam na expectativa de ver o réu condenado a uma pena acima dos 20 anos. “Pelo menos agora ele vai ficar preso, coisa que não aconteceu nos últimos anos. Seria muito doloroso para nós se saísse daqui em liberdade”, comentou Ivan Carolo, que estava ao lado da vítima na madrugada em que foi assassinado.

O representante do Ministério Público foi o promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino e dando assistência ? acusação compareceram os advogados José Edilson Ferreira de Almeida e Leandro Sobolev de Lima. A defesa do réu foi realizada pelo advogado criminalista, Antônio Venâncio Martins Neto, que já adiantou que irá recorrer da decisão. “Já protocolei o recurso, pois no meu entendimento a condenação foi injusta e contrária ? s provas contidas nos autos”, disse.

{n}O crime{/n}

Consta na denúncia que João Moreno de Carvalho, era apaixonado por uma frentista de posto de gasolina chamada Gisele e trabalharam juntos nesse estabelecimento comercial por cerca de um ano. Nesse período ele tentou conquistá-la, porém não era correspondido.

No dia do crime Carvalho teria passado o dia inteiro nas proximidades da residência da mulher e no início da noite percebeu que ela saiu em companhia de Vagner Teixeira e Ivan Carolo, em um veículo Fiat Tempra. Ao retornarem por volta das 3 horas da madrugada a mulher foi interpelada por Carvalho, mas ela não quis discutir e entrou correndo para o interior de sua casa.

Ivan e Vagner Teixeira conversaram com o homem que estaria embriagado, pedindo para que retornasse durante o dia para conversar. Inicialmente, acatou o pedido e caminhou até um ponto de ônibus. Porém, voltou-se, inesperadamente, sacou de uma faca e foi em direção a Teixeira atingindo-o com um golpe no peito, levando-o ? morte.

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