Homicídio tentado é desclassificado e réu é julgado por lesão

Polícia
Homicídio tentado é desclassificado e réu é julgado por lesão 28 fevereiro 2013

Foto: Valéria Cuter

“Entendi que foi feito Justiça, pois não havia subsídios nos autos do processo que caracterizassem crime de homicídio tentado, pois existe muita diferença entre uma agressão nas costas com uma agressão pelas costas”. Foi assim que se manifestou o advogado Edson Luiz Coneglian (foto), em relação ao julgamento ocorrido nesta quinta-feira (28) no Tribunal de Júri do Fórum de Botucatu.

Coneglian conseguiu convencer o Conselho de Sentença, formado por sete pessoas da sociedade Botucatuense e desclassificar o crime de homicídio tentado para lesão corporal dolosa. Esteve no comando dos trabalhos o juiz presidente do Tribunal de Júri, Marcus Vinícius Bachiega. Representando o Ministério Público atuou o promotor de Justiça Marcos José de Freitas Corvino, que também entendeu que o crime deveria ser desclassificado. Em menos de três horas os trabalhos foram encerrados.

Sentou-se no banco dos réus o lavrador João Antônio Monteiro, de 57 anos de idade, denunciado pela Promotoria Pública como autor de um homicídio tentado cometido contra José Jacinto. O crime ocorreu no início da madrugada do dia 1º de janeiro de 2009, na Rua João Brás, no município de Pardinho.

Consta que os dois trabalhavam na mesma fazenda e eram vizinhos. No dia dos fatos acabaram discutindo e entrando em luta corporal. Monteiro se apoderou de uma faca e aplicou dois golpes que atingiram as costas do oponente que permaneceu dois dias internado no Hospital das Clínicas, em Rubião Júnior, antes de ter alta e voltar ? s suas atividades normais.

Sobre a rapidez do julgamento Coneglian foi taxativo. “Na verdade não havia muito que falar e o próprio senhor promotor concordou com a desclassificação. Ele não usou o tempo que dispunha e eu também não. Por isso, tivemos um julgamento rápido e o réu foi julgado por lesão corporal dolosa, crime que já estava prescrito. Com isso, o réu saiu do Fórum não devendo, absolutamente, nada ? sociedade”, finalizou o advogado defensor.

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