Fundação CASA adere greve deflagrada no Estado

Polícia
Fundação CASA adere greve deflagrada no Estado 11 abril 2014

Funcionários dos 148 centros da Fundação de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) do Estado de São Paulo, antiga Febem, entre eles o de Botucatu, entraram em greve na busca de melhores salários e melhores condições de trabalho e segurança. Como manda a lei, os serviços essenciais como os de higiene e alimentação serão mantidos, mas o transporte e atividades extras estão suspensos.

A recomendação inicial é para que apenas 30% dos funcionários trabalhem. “O restante não deve ficar em casa e sim nos portões das unidades”, disse o Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação ? Criança, ao Adolescente e ? Família do Estado de São Paulo (Sitraemfa). No entanto, acompanhamento de fóruns e atividades extras não serão contempladas.

Em contra partida, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 70% dos funcionários de cada uma das unidades mantenham as atividades, de modo que as medidas socioeducativas aplicadas aos adolescentes não sejam prejudicadas e permaneçam em atividade em cada horário do plantão.

Os trabalhadores reivindicam piso salarial, reajuste real de 53,63%, reposição de perdas, isonomia do Plano de Cargos e Salários e, principalmente, aumento da segurança nos locais de trabalho. Já o governo propôs reajuste salarial de 6,17% além de um reposicionamento por ajuste de curva de 2,2%, aumento do vale-refeição para R$ 350,00 por mês e do vale-alimentação para R$ 105,94 mensais, a equiparação do cargo de agente educacional com o de analista técnico, entre outros benefícios.

“Só quem trabalha nessa instituição sabe o perigo que corre todos os dias. É comum os adolescentes agredirem verbalmente e moralmente funcionários e educadores. Além disso, a CASA de Botucatu está com 64 internos e sua capacidade é de 56. Vários internos já completaram a maioridade (18 anos) e continuam aqui ao invés de serem transferidos para uma cadeia comum”, relatou um funcionário que não quis ter a identidade revelada e falou em nome dos demais. Ele completa: “Sabe quanto custa cada interno para o estado? Mais de R$ 6 mil mensais, muito mais do que o salários de professores e educadores”.

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