DIG esclarece assassinato contra preso em “saidinha”

Polícia
DIG esclarece assassinato contra preso em “saidinha” 17 maio 2014

 

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) através de um trabalho desenvolvido pelo delegado Geraldo Franco Pires e os policiais civis Marcos Franco, Vitor, Caio e Vergílio, esclareceu a um homicídio ocorrido no dia 25 de outubro de 2013, tendo como vítima Marcos Pinto, conhecido como Quitão, na ocasião com 36 anos. Ele havia saído da penitenciária horas antes para passar o final de semana com familiares beneficiado com a saída temporária do Dia das Crianças, conhecida no dialeto carcerário como “saidinha”.  Quitão foi alvejado com 16 tiros na garagem da casa de seus pais.

Desde a época em que o crime foi cometido, as investigações não cessaram e os policiais chegaram até um dos criminosos: Fabiano Souza Silva, alcunhado de “Paraíba”, preso nesta sexta-fera (16) na residência de sua avó na Rua 4, região do Parque Marajoara. O homicida confessou sua participação detalhando a ação criminosa.

Os motivos que levaram a cometer tal fato, segundo ele, teria sido uma desavença que sua genitora teve com a esposa de Quitão há 15 anos atrás. Desde então passou a ser ameaçado por ele. Assim que soube que Quitão estava na rua beneficiado pela “saidinha” foi até a residência dele juntamente com um comparsa (que já está identificado e sendo procurado) e tirou sua vida com vários disparos de pistola.

Fabiano Silva, já possui passagem por homicídio, onde exterminou a vida de um cidadão conhecido como “Pucão” nesse mesmo bairro, fato ocorrido em 2010, utilizando-se de uma espingarda calibre 28. Ele está preso com a prisão temporária por 30 dias, prorrogável pelo mesmo período. A investigação ainda está em andamento com a finalidade de prender o segundo elemento, bem como a localização das armas de fogo. 

“Além da confissão o Fabiano Paraíba nos deu detalhes de seu comparsa, que terá o nome mantido em sigilo para não comprometer o trabalho investigativo. Como ele já está identificado, acredito que nos próximos dias será preso”, previu o policial Marcos Franco.

 

O assassinato

 

Quitão foi assassinado na tarde do dia 25 de outubro do ano passado, por volta das 17 horas, na garagem de sua casa na Rua Regente Feijó, que faz cruzamento com a Rua José Candeias Júnior, na Vila Real.

Quitão que foi julgado e condenado a 30 anos de reclusão por um duplo assassinato e um homicídio tentado cumpria pena na Penitenciária de Bauru desde 2006 e também já esteve envolvido com o tráfico de entorpecentes. Havia sido beneficiado com a saída temporária do Dia das Crianças e chegou a Botucatu na manhã de sexta-feira (25) e ficaria em liberdade até terça-feira (29) quando deveria se apresentar à carceragem do presídio.

No mesmo dia em que Quitão chegou à cidade, dois elementos armados e encapuzados entraram pela lateral da casa (Rua José Candeias Júnior) que estava com o portão aberto e chamaram por ele. Quando este apareceu na porta da sala recebeu uma saraivada de balas de pistola 9 mm. Foram 36 tiros, sendo que 16 deles atingiram diferentes partes do corpo da vítima, principalmente, a cabeça. Após o crime os assassinos fugiram.

Na casa havia outras quatro pessoas e ninguém teve tempo de esboçar uma reação ou dar maiores detalhes das características dos assassinos. Os 36 estampidos seguidos foram ouvidos por vários quarteirões.  Como foi um caso típico de execução sumária, a polícia desde o início das investigações estava convicta de que o crime havia sido cometido por vingança, o que acabou se confirmando.

 

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