Detentos tentam fugir da cadeia usando uma “tereza”

Polícia
Detentos tentam fugir da cadeia usando uma “tereza” 02 março 2012

A carceragem da Cadeia Pública de Botucatu neutralizou uma tentativa de fuga ocorrida na tarde desta sexta-feira (2), quando 75 presos da 1ª ala estavam no pátio no horário do banho de sol diário. Pelo menos cinco detentos confeccionaram uma corda feita com lençóis e cobertores, conhecida no dialeto carcerário como “tereza”. Essa corda foi anexada a três cabos de vassoura e os presos estavam tentando alcançar a cobertura de tela de arame.

A ação dos detentos foi visualizada pelos policiais que deram o alarme e recolheram os presos ? s suas respectivas celas e apreenderam a “tereza”. Casos como este não são raros de acontecer, já que, na ociosidade, os presos passam grande parte do seu tempo mentalizando uma maneira de escapar da prisão.

O diretor da Cadeia Pública, delegado Geraldo Franco Pires, revelou que cinco presos que estariam arquitetando a fuga foram identificados e poderão sofrer punições e não está descartado a possibilidade de acontecer uma revista geral ou “Operação Pente Fino”, nas dez celas. “Felizmente, conseguimos neutralizar mais uma tentativa de fuga, mas temos consciência de que não foi o primeiro, nem será o último caso. Por isso, temos que estar sempre atentos e vigilantes para evitar que isso aconteça”, frisou Franco Pires.

A Cadeia de Botucatu que conta, atualmente, com 154 presos divididos em dez celas está, parcialmente, interditada por determinação judicial e não poderia receber mais do que 120 detentos. Entretanto, como existe a rotatividade entre presos, a população carcerária flutuante faz com que o número exceda o máximo permitido. Outro detalhe é que nem razão dessa rotatividade 95% dos presos que estão em Botucatu não são da região.

Para solucionar o problema da superlotação e atender a população carcerária dos 11 municípios da região que fazem parte da área de comando da Delegacia Seccional de Polícia de Botucatu, seria necessária a construção o Centro de Detenção Provisória (CDP), que poderia abrigar até 700 detentos. Essa unidade padrão que seria construída pelo governo do Estado, vem sendo discutida há vários anos, mas o projeto ainda não saiu do papel.

Fotos: Valéria Cuter

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